segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Filosofia vã: Sobre a Oceania

   É uma inquietação antiga, me lembro, eu era estudante do primeiro ano do ensino médio. Sempre gostei muito de história, e parei pra analisar que no estudo de tal disciplina discorríamos sobre a América, Europa, África e até mesmo a Ásia, mas... E a Oceania?
   Foi uma coisa que sempre me incomodou, e por isso ousei perguntar ao meu professor da matéria (o que era uma grande coragem, já que ele era um ser dotado de um certo ar de não-me-venha-fazer-pergunta-estúpida) o porquê que o pobre continente não era estudado. Bom, ele respondeu simplismente que a Oceania é um continente considerado novíssimo e que por isso não entrava no estudo. Tá, eu deveria me conformar com a situação, mas não, continuei me perguntando o porquê do mundo ignorar este tão belo continente formado por ilhas paradisíacas.
   Conhecemos tão pouco de sua história e de seu povo que a as poucas coisas que ouvimos por aí é sobre os surfistas australianos, a Olimpíada de Sidney, os coalas, cangurús e que a Austrália é um bom lugar para se fazer intercâmbio. Desses 16 países sabemos quase nada.
   Fiquei indignada ao ver que na minha agenda 2010 possuía, além do mapa-múndi e o do Brasil, o mapa de cada continente, todos... Ou melhor, quase todos, menos o da esquecida e menosprezada Oceania.
   Pensava que tamanha aflição só fazia parte de minha confusa cabeça, mas um belo dia achei uma comunidade no Orkut de nome 'Por que a Oceania é ignorada?', com a descoberta não me senti mais só, soube que tem mais 63 pessoas solícitas com os oceaníacos. Além dessa, no Orkut ainda temos a comunidade 'Onde está a Oceania?' que tem 40 membros. Bom, pelo menos, sabemos agora que são 103 o número de pessoas que se importam com este continente. 
   Como descreve a comunidade: Onde ela estava quando ocorreram a primeira e a segunda guerras mundias? Onde ela estava quando as bombas atômicas explodiram? Onde ela estava quando o WTC foi "atacado"? Onde ela estava quando inventaram o chiclete? Será que ela não faz parte da Terra? Será que essas 30 milhões de pessoas estão lá mesmo ou é tudo uma farsa? investiguemos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tudo o que você precisa saber sobre os bebês

   Se por acaso eu estiver andando na rua e cruzar com um bebê ou qualquer coisa referente, minha inconsciente reação é parar na hora e admirar! Pois é, não é segredo pra ninguém que bebês é o meu ponto fraco. E passeando pelo site Cogumelo Louco, vi uma ilustração sobre estas admiráveis criaturas, é carregada por tanta fofura, que não pude deixar de postá-la aqui.

* Para melhor visualização dá um click na imagem ou clicka com o botão direito e seleciona 'abrir link'


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que esperar do Festival de Verão 2011?

   O maior festival de música da Bahia, o Festival de Verão, acontecerá em 2011 de 02 a 05 de fevereiro. E quase dois meses antes da festa, já é de conhecimento a grade geral de programação. É sabido que a cada edição o festival vem decaindo em qualidade; eu não quero vim aqui dá uma de saudosista, mas a grande verdade é que as atrações para o próximo ano estão tão trashs que é uma certeza minha ausência no evento.
   Quais são as atrações para 2011? Pergunta você, desatualizado. Então, vamos a elas: Para o palco principal, na quarta-feira, terá Maria Gadú, Capital Inicial, Banda Eva, Cláudia Leitte e Parangolé. Na quinta, teremos Belo, Jota Quest, Ivete Sangalo, Jorge & Mateus e A Zorra. Na sexta, apresentações de Tomate, Ana Carolina, Asa de Águia, Luan Santana e Harmonia do Samba. Por fim, e não menos desprezível, sábado terá Restart, Jason Mraz, Chiclete com Banana, Jammil e Psirico. 
   É claro que é tudo super previsível e não há nenhuma surpresa nisso tudo: mas eu tenho todo direito de me indignar. 
   Além do palco principal, terá uma 'tenda alternativa', como é de costume, sendo esta a concha acústica Maurício de Nassau. Espaço para as bandas alternativas, na concha geralmente se apresentam bandas mais supimpas (destaque ao show de Cachorro Grande em 2008), mas, quais são as atrações em 2011? Quarta, se apresenta Quarteto de Cinco, Otto, Planta e Raiz, Negra Cor e Spectro. Quinta será a vez de Johnny and the Hookers, Paula Fernandes, Rajar, Detonautas e Unique. Sexa teremos apresentação de Gutembergs, Jorge Vercillo, Luiza Possi, Cine e Pabo Domingues. E sábado será Márcia Castro, Thati, Monique Kessous e Ana Canãs. Reparem que mesmo na concha terá algumas atrações desprezíveis (Cine e Jorge Vercillo que o digam), algumas sem sal nem açucar, outras que não são de meu conhecimento, e umas poucas boas atrações, ficando por conta de Ana Cañas, Otto (sobretudo) e Detonautas (olha que eu nem gosto de ouvir Detonautas, mas a apresentação da banda ano passado foi muito boa).
   Também é sabido que a escolha dos artistas é baseada no 'gosto popular', mas... Será que é querer pedir demais que coloquem mais atrações dignas? 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Democracia?

   Era manhã de segunda feira, 13 de dezembro de 2010; e como toda as manhãs, lia o jornal A Tarde; e como todas as minhas leituras de jornais, era com aquele mesmo olhar desatento, despreocupado, cansado. Mas a página A8, sessão 'Salvador e Região Metropolitana', estampava uma matéria de título "Empresa recusa a divulgação de campanha publicitária pró-ateísmo", a baixo do título estava dois cartazes que seriam divulgados pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), o assunto me chamou a atenção.
   Não é um título espantoso, ora, seria muita ingenuidade achar que uma propaganda atéia passaria assim, sem nenhum filho-de-deus pra discordar. A Fast Mídia, que comercializa os espaços nos ônibus da cidade, barrou a campanha. O gerente da empresa pronunciou-se dizendo que não iria veicular, pois no seu entender a propaganda contém ofensa religiosa. Claro, uma campanha contra o preconceito é ofensa religiosa, um sensacionalista jornalista ir à TV dizer que os ateus devem morrer é super normal.
   Também não é espantoso que um monte de gente ache o posicionamento da Fast Mídia louvável, há quem diga que se sentiria ofendido caso a campanha não fosse barrada. Vamos então entender uma coisa: propagar o 'não preconceito' virou motivo de ofensa, Ok. Mas se a missa católica é veiculada por uma TV estatal, aí não, não tem problema nenhum, mesmo que essa mesma TV não dê espaço para exibição de manifestações de outras religiões.
   No outro dia, na página de 'Opinião', dois leitores do A Tarde se pronunciaram sobre o caso. Franklin de Souza contou que ficou indignado quando leu a reportagem, sobretudo porque não entendeu o motivo das peças serem barradas, já que a ATEA não cita nenhuma religião especifica, "a campanha da Atea pretende apenas alertar os brasileiro que não crer em deuses é uma opção que nos dá a Constituição, e não ser discriminado por isso é um direito". Achel Tinoco também se manifestou "a vida só é possível e plena para aqueles que 'aceitam jesus'... Para os ateus, portanto, ou mais alguém que ouse pensar um pouco além, não se deve mostrar a cara... Está bem: arranquemos os autdoors das ruas. Isto, sim, é democracia!".
   Espantoso foi ver a mensagem dos dois leitores no jornal, ou melhor, surpreendente. Mas constato que os rapazes pertencem a uma minoria. Indignante é ver que poucos ousaram reivindicar, os crentes preferiram achar que o problema não é com eles. Quando a questão não nos atinge diretamente preferimos nos calar, ausentar-nos de responsabilidade. Será que é só aos ateus que cabe indignar-se com esse embargo e reivindicar pela democracia? 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

1º Rock Golaço



- Quando: 19 de dezembro, às 10h
- Onde: Quadra de Esportes da Cidade do Saber (Rua do Telégrafo - Camaçari)
- Quanto: 1kg de alimento não perecível
- O Que: Torneio de futebol entre as bandas de rock de Camaçari

Realização: Associação Cooperarock

sábado, 11 de dezembro de 2010

Questionário

   Uma das minhas melhores lembranças de infância são aqueles questionários, sabe? um caderno onde a cada 3 páginas tinha uma pergunta, e a 'dona do caderno' distribuía pra deus-e-o-mundo para obter respostas. Lembro, tinha uns dez anos, eram perguntas como 'você é bv?', até eu mesma, já fui 'dona' de um caderno como esses.
   Não tenho mais dez anos (mesmo que não seja muito mais do que isso), mas continuo respondendo questionários - adoro preencher formulário - e desta vez não vai ser num caderno, e sim num blog (jura?).
   É que minha amiga Meg (˙·٠•♥ 2 Altos! ♥) me indicou como uma das pessoas que deveriam responder a um tal interrogatório, então vamos a ele:


Sete coisas que tenho que fazer antes de morrer:
- me casar e ter quatro filhos
- assisti shows de algumas bandas bacanas que ainda não tive oportunidade de ver
- tirar fotos realmente supimpas
- aprender a tocar guitarra e fazer coisas boas nela
- experimentar
- viajar para ao menos esses países: Inglaterra, Cuba, Canadá e África do Sul
- tatuagens


Sete coisas que eu mais digo:
- tenso
- tô com fome
- nem sei
- massa
- cara
- cê acha?
- vixe


Sete coisas que eu faço bem:
- escrever 
- tirar foto
- cantar no chuveiro
- imaginar
- analisar
- cumprir com promessas rs
- cafuné


Sete defeitos meus:
- baixa estima
- timidez
- falta de papo
- grosseria
- insegurança
- preguiça
- orgulho


Sete coisas que eu amo:
- minha família e alguns amigos /ou seja, pessoas queridas
- música
- fotografia
- cinema
- jornalismo
- conversas legais
- cafuné/ carinho


Sete qualidades minhas:
- inteligente
- prafrentex 
- prestativa
- agradável rs
- carinhosa
- tolerante
- criativa


Sete pessoas que vão responder a isso:
- Peixonauta, Cartas e Fotografias
- Fernanda, O Mistério da Borboleta
- Neto, Merdinhas Alheias
- Vítor, Infinitivamente Pessoal
- Laíra, O Mundo de Laíra Alves
- Pablício, Como Lobos ao Luar
- Motta, Dezoito Válvulas

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um papo sobre a Noite Fora do Eixo

Diretamente de Vitória da Conquista: Os Barcos

   Conhecido e bem freqüentado restaurante da cidade, a Casa de Taipa recebeu no último sábado o evento Noite Fora do Eixo, realizado pelo Nordeste Fora do Eixo em parceria com o Coletivo Cultural Capivara. A casa, onde sempre se apresentou grupos de forró e músicas regionais, foi tomada pelo rock e por aqueles que admiram tal som. Mesas lotadas, gente em pé, muito movimento: o evento brilhou, recheado com música de qualidade.
   A primeira banda a se apresentar foi Clube de Patifes, a já conhecida banda de blues da cidade, representou muito bem a cena e não decepcionou. Seu indiscutível som bem feito agradou os presentes, rendeu bons comentários, sobretudo daqueles que assistiam a banda pela primeira vez. Projeto promissor, O Clube tem tudo para ser uma exportadora do som camaçariense.
   Da cidade de Vitória da Conquista, vinha uma banda de nome Os Barcos. Uma dúvida inicialmente, que logo se transformou em aprovação. O grupo traz um som arrumado, perfeito para o ambiente, mescla o rock clássico com o pop rock, e mostra que no interior também se faz boa música.
   A mais esperada atração da noite foi a última a se apresentar, a nova sensação do rock soteropolitano desembarcou em Camaçari. A Maglore veio mostrar que não é à toa o seu sucesso na cena baiana. Seu som desenhado assemelhasse muito com Los Hermanos, desde os arranjos elaborados até o vocal suave. Mas a Maglore não se deixa levar pela semelhança e não cair no cover, tem uma identidade própria, uma sonoridade particular que a permite afirmar-se como nova. A banda indie explodiu em energia e levou o público a exaltação. A frente do palco foi tomada, o que se ouvia era o acompanhar das canções, o que demonstra que a banda tem um belo futuro.
   Parabéns aos organizadores do evento, a positividade da Noite Fora do Eixo nos faz crer que Camaçari também é terra do rock n'roll. E que venha o próximo!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um país do tudo bem

   Na primeira semana de aula desse semestre foi apresentado um texto de nome 'O país do tudo bem', era um texto de duas páginas e que pelo tamanho tão pequenino das letras só de olhar me deu uma canseira... Mas como era por fins acadêmicos, comecei a ler, e vi que era interessante. Falava sobretudo do uso leviano das saudações; o 'como vai?' que 'espalhamos' por aí sempre que vemos alguém conhecido, omite-se da intenção prática - o saber como o outro está - e passa para uma mera trivialidade social. Mais ainda do que o 'como vai?', o 'tudo bem?' obriga uma resposta afirmativa. 'Tudo bom', é a resposta geral. Muitas vezes estamos passando por problemas, desde os financeiros até os amorosos, mas o emissor não está interessado em saber sobre seus infortúnios, apenas faz uso de uma repetição. Ninguém tem o direito de está mal, quem ousar responder 'não, não está tudo bem', será logo taxado de carrancudo e anti-social.
   Mais do que isso, acredito que 'o país do tudo bem' configura-se na omissão da sociedade perante os problemas; o achar que está tudo bem, abraçado com a velha idéia do 'jeitinho brasileiro', engana as pessoas de tal forma que acabamos por testemunhar uma população acomodada. E não digo isso querendo que todo mundo saia de suas casas pra fazer revolução, refiro-me ao comodismo ideológico, àquelas velhos ditados de que jovem não gosta de política, que o mundo está de cabeça para baixo e que os valores estão se perdendo.
   Retrato disso é a indústria cultural, tema já comentado no post Bevond Citizen Kane, assunto esse tão clichê, mas que agora foi atualizado, vestido na polêmica questão do controle midiático. É claro que não queremos que nossa imprensa seja censurada, sobretudo para nós, jornalistas (ou futuros), é indiscutível o caráter democrático que é a liberdade de expressão. Mas acredito que o debate proposto não é esse, não é o controle nem uma imposição ditatorial, e sim um questionamento sobre o domínio do poder midiático. Vemos em muitos de nossos estados um terrível monopólio da comunicação, apoiado pelos chamados 'coronéis', donos de canais de TV, emissoras de rádio, revistas, jornais, sites de notícias, etc, etc, etc... Será que essa é uma maneira interessante de se pensar na imprensa? 
   Já relatei brevemente aqui sobre o filme Cão de Briga no post Curto e Grosso: Sobre Cinema, foi pra mim indicado pela professora de 'Ética e Legislação na Comunicação' para que pudéssemos entender que sem liberdade não há idéia de responsabilidade. 'Cão de Briga' ratifica  que nossa posição como cidadãos está inerente a visão de mundo que nos foi imposta. Num país onde se implanta idéias que fomentam a omissão, não é de se espantar o estado social alheio no qual estamos.

domingo, 28 de novembro de 2010

Amelie

   Achava um absurdo, uma estudante ex-estudante de cinema nunca ter assistindo 'O Fabuloso Destino de Amelie Poulain', um clássico do cinema francês do século XXI. Não era porque não tinha interesse, não mesmo, busquei assistir esse filme com todas as minhas forças, mas as locadoras não me ajudavam, nenhuma delas possuia o filme a disposição e a minha internet ultralenta não tão veloz não me deixava baixá-lo. E quanto mais o tempo passava, mais eu ouvia as pessoas falarem do filme, mais me recomendával e diziam maravilhas sobre a obra 'assista, você vai gostar, é a sua cara!', diziam tanto que mesmo sem ver o filme já tava tendo a certeza de que ele era maravilhoso.
   Foi então que resolvi conhecer o novo empreendimento da região, o Salvador Norte Shopping, e andando pela Lojas Americanas a procura de boneco de brinquedo para fazer um vídeo, vejo na prateleira um certo DVD que na capa de fundo verde estampava uma menina branquinha com cabelos negros. Não tive dúvida, comprei na hora (na verdade pedi pra meu pai comprar pra mim).
   Em 2001, Jean-Pierre Jeune, cineasta francês, lança um diferenciado filme 'O Fabuloso Destino de Amelie Poulain', que contrariava sua linha de produção sombria e taciturna, esta obra não, contava a história de uma simpática menina doce. E sabe qual é o nome da tal menina doce? Não, você não imagina... É Amelie Poulain. 
   Amelie (que reparem, quase é minha xará) é uma menina que é alfabetizada pela mãe, já que seu pai atesta que ela tinha problemas de coração e por isso não podia ir a escola, o que era um grande engano, já que, ao examinar a filha mensalmente, o coração da pequena só desparava porque esse era um raro momento no qual tinha contato físico com o pai. Crescendo então sem nenhuma companhia de sua mesma idade, Amelie transforma-se em uma jovem observadora e tímida, que vive sua vidinha alheia a qualquer anormalidade. 
   Morando sozinha em um apartamento alugado, em um belo dia, a garota encontra um compartimento secreto na parede do imóvel e lá acha uma caixinha cheia de lembranças de infância do ex-morador do apartamento, ela resolve então ir a busca desse homem para devolve-lhe os objetos, e vendo que ele se desmancha em alegria, Amelie percebe que seu destino é fazer o bem a vida dos outros. Agora, suas pequenas atitudes eram todas voltadas para tornar as pessoas ao seu redor mais felizes. Mas o amor a primeira vista aconteceu com a menina e ela precisa agora conquistar a sua felicidade.
   Um filme recheado com imagens deslumbrantes, num cenário marcado pelas cores verde e vermelho, a fotografia das cenas encantam os olhos, sem dúvida uma direção de arte maravilhosa. Além disso, a linguagem do filme é poética e superfofa, que exalta a meiguice da protagonista.
   Apesar de apresentar um roteiro pragmático, linear e sem muita subjetividade, a história nos é contada por um narrador, o que dá um belo toque ao filme, assim como a mistura do drama com a comédia. A apresentação dos personagens também é feita de forma brilhante: 'Joseph, a única coisa que ele realmente gosta é estourar plástico bolha'. Enfim, não tem como não se apaixonar pelo filme e por Amelie.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Noite Fora do Eixo



- Quando: 04 de dezembro, às 21h
- Onde: Casa de Taipa (Radial B - Camaçari)
- Quanto: Couvert Artístico
- Bandas: Clube de Patifes, Maglore (SSA), Os Barcos (Vitória da Conquista)


Realização: Capivara Coletivo Cultural + Nordeste Fora do Eixo

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Gélido


   E agora é só uma boa lembrança, um gosto no passado, esquecido; que vive em mim tão frio e quase sem sentir. O que dá pra sentir ardentemente é o vazio, o vazio me preenche.
   Eu quero que qualquer traço de afeição morra.

domingo, 21 de novembro de 2010

5 anos da Ladrões Engravatados

Quando quatro amigos se reuniam na praça do bairro pra tocar violão e beber vinhos baratos, não se imaginava que daquela simples diversão poderia sair uma das melhores bandas da cidade. Em meados de 2005, diante de um cenário de intensa efervescência do rock, Flávio Guerra, Kaio Damasceno, Diego Rodrigues e Roni decidiram levar a sério a brincadeira.
   Em meio a várias idéias esdrúxulas, “Ladrões Engravatados” foi a sugestão do vocalista Flávio para nomear o grupo. Inspirado em filmes de gangster, o nome que já causou muito olhar torto por aí foi o que mais agradou aos amigos.
   Os primeiros ensaios foram realizados sem seguir nenhuma linha musical. O som era uma verdadeira mistura, mas foi desse jeito que eles apresentaram o primeiro show. O convite partiu do amigo da banda, Jair, que estava organizando um evento. “Foi um show engraçado, ficamos com medo de encarar o público, pois não sabíamos o que iríamos fazer”, conta Flávio.  A apresentação agradou, mas a banda sentiu a necessidade de melhorar. “Nessa época eu ouvia muito Paralamas do Sucesso e Clube de Patifes, então descobri que era aquilo que queria fazer. Conversei com o grupo e decidimos que era esse tipo de música que iríamos tocar”.
   O som foi melhorando e mais oportunidades surgindo. Uma delas foi o projeto Conexão Musical, reunindo bandas de diversos estilos. A partir daí os convites multiplicaram, a Ladrões Engravatados foi ganhando força e despertou o interesse de Ivanildo Antônio, então secretário de Cultura, que os chamou para participar da Semana Internacional de Cultura.
   O evento deu grande visibilidade à banda, que tocou junto com Aly Keita (África do Sul), Rock Laurence (EUA) e Bernard Sneider (Alemanha). Popular e com fãs sempre presentes nas apresentações, a Ladrões Engravatados gravou em 2008 o primeiro EP, intitulado Folhetim - com cinco músicas autorais. E em 2009 participaram ainda, em Ribeira do Pombal, do Eventual Rock, evento bem conceituado na cena baiana. 
   No final do mesmo ano, começaram a surgir conflitos e a banda parou de tocar.  “Todo mundo começou a perguntar se tinha acabado mesmo, se íamos voltar, e por isso criou um grande interesse da gente e em outros músicos da cidade de colocar o projeto para andar, não deixar morrer”, relata Flávio. Em junho de 2010, no Arraiá de São Rock, a banda retornou aos palcos com uma grande apresentação, cheia de energia e um ótimo repertório.
   Com a empolgante retomada, a Ladrões Engravatados não quer parar por aí. Tendo Flávio Guerra no vocal, Irmão Beto e Pila na guitarra, Danilo 30kg no baixo e Rubens Brandão na bateria, pretende gravar o primeiro CD em 2011, que trará as novas músicas da banda e será intitulado ‘Soltos’.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Grandes verdades

   A grande verdade sobre mim é que me encanto facilmente, mas a maior das verdades é que estou me acostumando com toda essa frieza e apatia. Não mais me irrita, não me enraivece, e digo mais, até me faz rir. Não sei se ignorar seja a melhor palavra, mas a grande verdade é que está caindo no esquecimento a cada dia que passa, e aquela vontade pulsante que existia virou passado, puro passado.
   A grande verdade sobre o tempo é que ele te engrandece, e te cansa... A maior das verdades é que tudo já virou lembrança e essa dança não vai mais ser dançada, essa música não será mais tocada. Eu prefiro nem saber os porquês, melhor que vire pretérito imperfeito.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A brilhante continuação

   Tropa de Elite, sucesso de público nos cinemas e uma explosão na pirataria, foi um dos filmes brasileiros mais comentados da década. Dirigido por José Padilha, a produção nos apresentava Capitão Nascimento, interpretado pelo brilhante (e baiano) ator Wagner Moura. Um filme de ação regado a muita violência, retratando os morros do Rio de Janeiro e a ação do BOPE em tais localidades, denunciando a forma violenta que os policiais abordavam os suspeitos e culpando os usuários pela manutenção do tráfico. 
   Em 2010, o heróico Capitão Nascimento, vira Coronel e estrela o Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro. E após ver a continuação, é imprescindível constatar a grande evolução do enredo. O primeiro, sim, muito bem visualmente, cheio de efeitos e com cheiro de sucesso, o segundo deixa de lado os bordões e abraça uma crítica mais coerente: denunciando dessa vez as milícias e deixando claro a proximidade entre tais organizações criminosas com polítiqueiros.
   Os produtores não se deixaram iludir pelo sucesso do antecessor, e ousou mudar, criar um filme que verdadeiramente expõe os problemas da segurança pública no Brasil. Não esquecendo de tornar o Coronel Nascimento humano, com sentimentos e vulnerável ao erro. O então anti-herói rebelde, se preocupa agora com a imagem que tem perante a família, sobretudo ao filho, e constata que a visão que tinha do BOPE era deturpada.
   Muito mais do que o primeiro, o Tropa de Elite 2 plasma a nossa sociedade: quem ao ver Fortunato apresentando aquele seu programa sensacionalista não lembrou logo de certos falsos-jornalistas que vemos por aí? E a passividade do governador não é semelhante ao posicionamento que notamos em certos políticos?
   Uma continuação brilhante, tecnicamente e artisticamente, fotografias impecáveis e sobretudo um roteiro encantador, que extrapola o simples filme de ação, e se preocupa muito mais em expor uma realidade. Um problema que antes nos era apresentado de forma sucinta e prática, agora é complexo, não é apenas a bandidagem ou o tráfico, e sim um sistema interesseiro que objetiva, além de dinheiro, o voto; algo que não é um tapa na cara ou tiro no peito que vai resolver: super que recomendo!



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

The Renegades of Punk tour



- Quando: 19 de novembro, às 21h
- Onde: Bar da Kássia (Radial C - Camaçari)
- Quanto: R$7
- Bandas: The Pivo's, Mapache Man (SSA), Egrégora (SSA), The Renegades of Punk (SE)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Avalanche cultural

   Logo após o término das eleições presidenciais, eu poderia está aqui discorrendo sobre tal acontecimento histórico, a primeira presidenta do Brasil foi eleita: mas não, não vou falar sobre isso.
   Depois do lamentável último post que continha apenas 29 palavras (contando os artigos, verbos de ligação e tudo mais), venho aqui discorrer sobre a tamanha confusão que brotou dentro de mim após ver a quantidade de shows supimpas que vão rolar esse mês em Salvador.
   Eu sei, eu sei, pessoas estão morrendo de fome, outras passando frio, tem gente preocupada com a bolsa de valores e com o aquecimento global, e eu aqui se lamentando por abundância... Sim, estou.
   Teremos nesse mês show de Caetano Veloso, Zeca Baleiro, , Matanza,  Pato Fu, Vanessa da Mata, e ainda a República do Reggae e o Reggae Power Festival; são tantas coisas boas, mas para usufruir de tais maravilhas é preciso em primeiro lugar de dinheiro, coisa que eu não possuo em tamanha abundância /por enquanto -assim espero.
   O jeito agora é fazer 'unidunitê' ou 'papai-do-céu mandou dizer'...
   Alguém me dá algum conselho?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fuga

Se você insiste em não voltar, 
Insiste em não ficar
Eu já nem tô mais aí.
E se você prefere não olhar pra trás, 
Prefere não olhar pra nós
Eu vou deixar você fugir, 
Vou deixar você correr.


A porta está aberta
Se vai embora ao menos diga adeus.
Você quer ficar por perto
Mas insiste em apagar o sonho bom



Eu não me importo tanto assim
Não ligo se você sair
Se não quer mais tudo aquilo que um dia foi tão bom.
Não me importa segurar, 
Nem mesmo em não deixar escapar.
Não sei se é medo
Ou se já enjoou de mim

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A milionária indústria das notícias fúteis

   Dia desses mudava de canal em canal pra vê se conseguia achar algo bom (coisa que tá super difícil ultimamente, principalmente sábado a tarde), e quando passei pelo Canal Brasil vi que estava passando Espelho, programa do ator Lázaro Ramos. Ele entrevistava Pedro Cardoso, conhecido humorista global.
   Primeiro me chamou a atenção o formato do programa, que foge os tradicionais modelos de programa de entrevista, desde o enquadramento inusitado, até a liberdade no bate-papo, passando pelo cenário da filmagem.
   Pedro Cardoso estava comentando sobre o valor do trabalho na nossa sociedade, opinião que eu achei super interessante; Lázaro o questionou, disse ele estava falando pouco de si e muito sobre suas opiniões. Pedro o respondeu, dizendo que gosta pouco de falar sobre si, pois acha uma falta de educação a postura das celebridades que teimam em falar de sua própria vida, como se a vida dele fosse mais importante do que a dos 'anônimos'. 'Arrotam em nossa cara a sua vida' afirmou o humorista.
   O engraçado é saber que tem gente que tem esse tipo de leitura como diversão favorita, pagam por uma revista para saber da viajem que o apresentador do domingo fez para europa, como foi a festa de aniversário do filho da atriz da novela das sete, o que o cantor tal faz nos fins de semana. O que faz uma pessoa achar que Adriane Galisteu ir ao supermercado com a mãe é um fato noticioso ou um evento que merece estampar uma revista ou programa de TV?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lançamento do CD Eletroacústico

- Quando: 31 de outubro, às 16h
- Onde: Clube Social de Camaçari (Avenida Jorge Amado - Camaçari)
- Quanto: R$10 (individual) e R$15 (casadinha)
- Bandas: Edy Vox e a Banda, Manos Preto, DJ Marcio Elektro
- E mais: Telão exibindo a apuração dos votos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estado laico?





  É sabido que 2010 foi ano de eleições presidenciais, e como podem perceber, em nenhum momento discorri sobre, talvez porque foi a eleição em que menos me empolgou. Lembro das últimas campanhas e das minhas fantasias nas caminhadas, no rosto pintado, na super energia e pretensões. Mas esse ano não foi assim, foi tudo muito frio, acho que o lado mágico acabou, as ideologias estão afogadas nesse mar de superficialidades.  
  Pois então, vim falar sobre a campanha presidencial; mas não vou fazer nenhuma ladainha defendendo X ou Y, quero me ausentar dessa responsabilidade, mesmo que minha escolha já esteja bem definida. Quero tratar de uma questão que ficou evidente quando chegamos ao esperado segundo turno: uma distorção da real intenção de uma eleição.
   Há uma grande discussão religiosa que está tomando o espaço da real discussão política que deveria ser feita. Tudo começou com o posicionamento da candidata Dilma a favor da descriminalização do aborto, foi o estopim para uma grande arruaça de boatos e acusações. A ex-candidata Marina, como evangélica, surgia como o outro lado da moeda: a defensora dos bons costumes, e Serra adotava o mesmo posicionamento da verde.
   Particularmente sou a favor da descriminalização do aborto sim, mas não é isso que fundamenta minha crítica. O debate extrapolou a questão 'aborto' e agora é muito mais uma questão religiosa, o 'ter fé'. Reforçado pelo boato online de que Dilma havia dito que mesmo sem a vontade de deus ganharia, boa parte da população religiosa está apontando o dedo para a candidata com todo o ar superficial, de quem é papagaio de mídia, afirmando que ela vai acabar com as religiões. Deste modo, acabou por fomentar ainda mais a polarização que surgiu.
   No A Tarde de hoje, o doutor em história e professor da UNEB, Carlos Zacarias de Sena Júnior, escreveu um artigo com título 'O direito de não crer' e relembrou quando o então candidato a presidencia Fernando Henrique perdeu a eleição quando afirmou o seu ateísmo. O professor afirma que Dilma, mesmo sendo agnóstica, agora se diz católica, justamente por temer toda a revolta da população que já começava a rolar.
   Um pesquisa estadunidense em 1999 mostrou que apenas 49% da população votaria em uma pessoa atéia, logo, 51% não votaria em um candidato apto e competente para administrar, pelo simples fato da sua descrença. No Brasil creio que não seria diferente, ou muito pior. O ateismo é visto ainda como algo abominável e de outro mundo, exemplo disso foi o pronunciamento de Datena em seu programa: logo depois de mostrar crimes bárbaros, foi categórico ao afirmar que só podia ser coisa de gente sem deus no coração; essa afirmação foi sem dúvida uma ofensa a comunidade atéia do Brasil, que não ficou calada.
   Eu não tô aqui pra levantar bandeira do ateísmo não, respeito as escolhas das pessoas, e penso que crer ou não é uma questão super pessoal. Mas quero aqui questionar o laicismo em nosso Estado, que está apenas e simplesmente no papel. No tribunal temos que jurar sob uma cruz, nas casas legislativas em nossa frente vemos uma cruz, em todo canto tem uma bendita cruz, que não raro ainda vem com uma jesus ensanguentado; além de ser uma maneira terrível de representar sua fé, seria de bom tom levar em consideração que, mesmo sendo a maioria, nem toda a população é cristã, logo não é cabível que  tais símbolos sejam uma representação social.
   A nação brasileira, felizmente, não é carregada pelo ódio religioso (como pudemos notar no confronto 'judeus X árabes' em Israel - mesmo sabendo que o problema era muito mais que divergência religiosa), mas ainda assim é apoiada pelos ideais cristãos. Nesta eleição, momento democrático para uma escolha tão importante, o embate religioso prevaleceu ao laicismo proposto na constituição. Apoiar ou deixar de apoiar um candidato pelo simples fato dele não seguir as idéias cristãs tradicionais é uma atitude leviana. 
   A religião quando atrelada ao Estado sempre impedirá o nosso progresso e a democracia, leis referente ao aborto, homossexualismo, drogas, e tudo aquilo que fere aos ideais cristãos, serão vistas como 'coisa de gente sem deus no coração'. É preciso que nos livremos da venda que cobre os olhos da nação, e começar a ver as coisas com outro olhar, o laicismo precisa existir, é uma questão de bom senso. 


domingo, 10 de outubro de 2010

Fora do lugar

Parece que as coisas vem e vão
As expectativas se derramam
É tanta apreensão.
Quanta indiferença
Será que finge ou será que sofre?
Não foi isso que eu imaginei.
E é tão ruim
Quando tudo escapa da nossas mãos
Faço um esforço para não chorar
É que eu conto as horas pra poder te ver.


Mas é tudo tão leve agora
Tá tudo fora do lugar
Ou será que é assim
É que fica tudo certo?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Estranhas invenções

   Certo dia, despretenciosamente andava na rua, quando de repente minha tranquilidade é quebrada ao me deparar com uma estranheza, e  digo, uma estraheza balaçando presa à orelha de uma certa criatura que certamente deve ter gosto duvidoso: era um brinco em formato de zíper.
   Achando que o acessório fazia parte apenas do gosto da determinada criatura, me surpreendi ao ver milhares dezenas de mulheres (sim, mulheres, de 20, 30 anos) aderindo a 'nova moda'. Nem me ousei perguntar de onde saiu tamanha criatividade, mas depois fiquei sabendo que foi graças a uma personagem de 'Escrito nas Estrelas', novela global das 18h que acabou há algumas semanas atrás.
   Bom, como diriam por aí: gosto é que nem braço: cada um tem o seu... e tem gete que nem tem.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Aérea

   A Superinteressante não tem esse nome por acaso, é uma das revistas mais interessantes que conheço, as matérias são inovadoras e cheias de curiosidades que só uma pessoa insana como eu se interessaria.
   Além de sempre ler, procuro estar visitando o site pra saber das novidades legais que anda rolando. No site, uma das sessões bacanas é a parte dos testes, mas não são esses testes idiotinhas a là Capricho como 'Qual é o seu tipo de balada?', 'Quem você é de Crepúsculo?' 'Qual o seu estilo?', não! Na Super há testes supimpas.
   Última semana fiz o teste 'O que seus sonhos dizem sobre você?' e a resposta veio a tona:
   'Você é aéreo: Tem seus sonhos malucos, mas sabe separar a realidade do imaginado a maior parte das vezes. Tem diversos grupos de amigos, não gosta de ser definido como radical e às vezes se passa por indeciso. Já teve experiências sinestésicas, quando teve vontade de comer uma cor bonita ou de cheirar uma capa de livro muito macia, mas geralmente se controla, pelo bem da sociedade.'
   Na hora que eu li pensei 'Mas eles adivinharam!', e achei o máximo essa parte 'mas geralmente se controla, pelo bem da sociedade', toda razão.
   Pra quem quiser fazer o teste também: super.abril.com.br/testes
   Ah, e  não, não tô ganhando nada com isso, fica a dica rs

sábado, 25 de setembro de 2010

Bahia booy boaroing show

- Quando: 25 de setembro, às 17h
- Onde: Praia de Armação (Salvador)
- Quanto: Free
- Bandas: Geoffrey Chambers, Diamba, Edy Vox, Manospreto

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Indie punk and rock

- Quando: 1º de outubro, às 21h
- Onde: Mega Star (Praça dos 46 - Camaçari)
- Quanto: R$10
- Bandas: Declinium, Pastel de Miolos (Lauro de Freitas), The Honkers (SSA), Opus Incertum (SSA)


Realização: Capivara Coletivo Cultural 

sábado, 18 de setembro de 2010

Rock sem enfeite

   Dia desses um amigo meu me mostrou um papel, era uma divulgação de uma banda que não me recordo o nome, deixava o myspace, fotolog, e mais um monte de sites pra ouvir música, ver fotos, coisa e tal, e em baixo tinha escrito 'banda de pop rock'. Minha resposta diante dessa 'apresentação' foi de negação, e explico: apesar de não gostar de pop rock, não tenho nada contra, nada mesmo. O problema é que, diante minhas reflexões (muito filosóficas, inspiradas e inteligentes por sinal /tá bom), o termo 'pop rock' virou uma 'maquiagem', uma negação ao simples 'rock'.
   Repare que quando tem algum evento que não seja exatamente de rock, eventos genéricos, que toque uma banda de rock 'ao acaso' ou tenha um espaço destinado ao rock, quase sempre denomina-se 'palco do pop rock' (e coisas do gênero). 
   Quando uma banda de qualquer vertente do rock vai num programa de TV, desses dominicais que você deve tá imaginando, diz-se 'é uma banda de pop rock', e só se for uma parada lá dentro do metal ou punk, que aí muda o discurso 'é rock pesado'.
   Pergunta: quem disse que qualquer estilo de rock que não seja punk, metal, ou coisa do gênero é pop rock?
   Por que pop rock? Parece mais um enfeite bonitinho. Será que é tão feio dizer que é rock? É algo amoral ou tão agressivo assim? Vamos parar com isso galerinha legal.
   Na verdade é uma nomeclatura 'socialmente aceitável', para dizer que a banda em questão não é tão subversiva como parece, que é coisa desse mundo, não do mundo dos caquéticos rockeiros.

   Pop rock cargas d'água nenhuma, eu gosto é de rock, sem enfeite.

sábado, 11 de setembro de 2010

O que esperar do VMB 2010?





   Eu sei que da MTV, de uns tempos pra cá, você pode esperar de tudo (se eles colocassem um liquidificador ligado e chamassem de música da última moda eu não estranharia), e que depois de passar o ano todo coisinhas horríveis-insuportaveis-profundamente-irritantes não tão legais seria super comum essas coisinhas não tão legais aparecer no VMB, mas confesso que me irritei profundamente ao ver os indicados para tal premiação.
   A categoria mais explicitamente escrota é ‘Revelação’, vamos aos indicados: Hevo 84, Hori, Replace, Restart e Karina Buhr. Só pra começar, as quatro primeiras bandas - não levando em conta as roupas um pouco mais policromáticas de algumas - são praticamente iguais. Eu me pergunto ‘em quem eu voto nessa bagaça?’.
   Além de ser candidatos a revelação, Restart ainda vai concorrer a: Clip - com a música Recomeçar, Artista do Ano, Hit – com a música Levo Comigo e POP. Cine também foi outra banda ‘a favor da diversidade das cores’ a concorrer na categoria Clip – com a música A Usurpadora (já viram o clip? t-o-s-c-o!)
   NX Zero anda esquecida, mas também concorre em Clip – com Só Rezo, Artista do Ano, Show do Ano, Hit – também com Só Rezo e Rock. Em artista internacional ‘destaque’ a: Justin Biber, Lady Gaga, Tókio Hotel, Paramore e uma tal de Ke$ha (quem é essa?).
   Katylene e PC Siqueira concorrer a Webstar (desculpa se alguém acha legal, mas eu não!). E estranhamente, Diogo Nogueira concorre a MPB (ele canta MPB mesmo? Acho que não ando entendendo tanto de música).
   Apesar de gostar de Pitty, todo VMB ela concorre a uma enxurrada de prêmios - e vence muitos deles. Esse ano concorre a: Artista do Ano, Show do Ano, Hit – com Fracasso (a música é boa, por sinal) e Rock.

   Talvez pra se dizer democrática,  colocaram algumas coisas legais, por exemplo: Arnaldo Antunes (love) concorre a Artistas do Ano e Show do Ano, Otto concorre a Artistas do Ano, MPB e Show do Ano, Mombojó concorre a Clip – com Pa Pa Pa, Katy Parry concorre a Artista Internacional (ta, é esperado mesmo e é super pop, mas eu gosto), Apanhador Só e Unidade Imaginária concorrem a Aposta MTV, e MV Bill e Kamau concorrem a Rap.

   Então vamos lá, já sabemos né? Restart vai ganhar vários prêmios e Justin Biber como Artista Internacional, isso mesmo meninos coloridos e com cabelo de gel, aproveitem o momento ao sol.
   Esse ano, definitivamente, não vou ser espectadora VMB, desculpa aí MTV, foi mal, mas não rola né? Forçar a barra assim já e demais!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Um balanço sobre o Metropolitan Rock IV

   É, depois de muito tempo sem um agito rocker na cidade, último sábado rolou a IVª Edição do Metropolitan Rock. No evento, pôde se apresentar as bandas Opus Incertum, Ultrasônica, Vênice, Charlie Chaplin e The Pivo's (exatamente nessa ordem).
   Devido ao horário, não pude prestigiar a apresentação da Opus Incertum. E pra mudar um pouquinho a ordem natural das coisas e não ficar aqui citando banda por banda, vamos fazer um balanço geral do evento: 
   Apesar de não estar tão lotado assim, o Bar da Kássia estava num total clima de 'inferninho rocker', o som no último volume deu certa distorção e a galera estava em clima de agito. A Ultrasônica e Vênice deram show com toda pegada psicodélica do tal rock-triste e a The Pivo's não errou na apresentação, como sempre cheia de energia.
   A cada evento, o que percebemos é que as bandas da cidade estão cada vez melhores, inegavelmente, mais que preparadas para chegarem à públicos maiores. A cena local está num clima legal que deve permanecer  nessa energia e vontade de expansão, para que o start dos 'nosso produtos' estejam cada vez mais perto de acontecer: é bom para as bandas e é bom pra galera que curte os eventos.
   Parabéns a Marcelo Sheeva pela organização, o Metropolitan dá certo pela sua quarta vez, e pela positividade do evento, espero que não pare por aí.
   Que esperemos então pelo próximo rock!