quarta-feira, 30 de junho de 2010

Bevond Citizen Kane

   Este britânico documentário de Simon Hartog lançado em 1993 apresenta-se aos brasileiros com o nome de Muito Além do Cidadão Kane, fazendo uma referência ao filme 'Cidadão Kane' de Orson Welles, de 1941, baseado na história de um magnata americano. O 'Muito Além' vem traçar um paralelo entre a história do protagonista do filme e do fundador da Rede Globo, Roberto Marinho. Mostra-se as relações entre a mídia e o poder no Brasil, sobretudo expondo o domínio da Globo no país, suas relações políticas e sua postura manipuladora.
   Este documentário, que já fora censurado (corre boatos que a Igreja Universal Rede Record já o comprou, mas ainda não tem direito judicial de exibi-lo, fica a dúvida), apresenta depoimentos de várias personalidades brasileiras, como o cantor e compositor Chico Buarque, políticos como Dr. Malvadeza ACM, Brizola e Lula, o escritor Dias Gomes, os jornalistas Walter Clark e Armando Nogueira.
   Notamos que a TV Globo é uma formadora de opinião e uma ‘fábrica’ de idéias e modelos comportamentais, o que é inerente a indústria cultural, esta, produto da chamada mess media. Sob este ponto de vista, o teórico Pérsio Santos de Oliveira, no livro Introdução à Sociologia, afirma que: “A industrialização em larga escala incluiu os elementos da cultura erudita e da popular, dando inicio a indústria cultural; o incessante desenvolvimento da tecnologia, principalmente nos meios de comunicação, passou a atingir um grande numero de pessoas, dando origem à chamada cultura de massa”.
   A rede de televisão do jornalista e empresário Roberto Marinho envolve-se com influentes políticos, destaca-se seu envolvimento com a ditadura militar, onde é sabido que a Globo era apoiadora de tal regime autoritário. Foi tendenciosa em muitas coberturas de manifestações populares, debates políticos, dentre muitas outras posturas parciais a fim de persuadir o telespectador, o qual notamos ter uma grande confiança nesse canal de televisão.
   A Globobo, sendo indústria cultural, preocupa-se em formar um enorme mercado de consumidores em potencial, atraídos pelos produtos oferecidos pela rede em sua programação, tanto nos comercias, quanto em seus descarados merchandising altamente lucrativas. Lança-se o produto em grande quantidade, e depois, induz as pessoas a consumirem o mesmo.
   Porém nessa indústria, não só comercializam-se produtos brutos, mas também idéias e, sobretudo cultura de massa. Cultura de massa é tudo aquilo que você vê passando na novela: a musica de Maria Gadú, Crepúsculo, Avatar, Rebolattion, enfim, pretende formar uma sociedade padronizada, que gosta de Cláudia Leite e assiste Faustão, sacô? É a indústria cultural e a cultura de massa que faz com que você só veja na TV axé e pagode, e que ninguém, além de você, goste daquela banda de músicas legais, culturais, bonitinhas, transviadas e distorcidas que tem no seu mp3. 

2 comentários:

  1. Muito, muito, muito LEGAL!






    ps: o seu post, não a cultura de massa. hehe

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  2. rs valeu Luz
    graças ao seu DVD HAHAHA

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