sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ler devia ser proibido

   Ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidade impossível, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem... Desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social... A leitura liberta o homem excessivamente.
   A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma.
   Pai, não leiam para seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente.
   Ler pode gerar a invenção, o conhecimento, mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens?
   Os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia... Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento, nos faz enxergar mais horizontes, estrelas por entre as nuvens... É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
  Ler pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos... O que é mais subversivo do que a leitura? 
   Ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais... A leitura é um poder, e o poder é para poucos.
   A leitura é obscena. Expões o íntimo, torna coletivo o individual  e público, o secreto, o próprio.


   Ler pode tornar o homem perigosamente humano.


   Trechos do texto 'Ler devia ser proibido' de Guiomar de Grammont

domingo, 25 de abril de 2010

Tão odara

   Ficar odara é esse estado assim, completamente jóia rara, é sentir o vento correr entre os cabelos, ver o mundo girar, enxergar gnomos, elfos, cogumelos e o que mais puder imaginar, é está e não está. É profundo, é intenso, é morrer e está vivo, é sonhar que nem existe, é voar...
   O céu fica colorido, os olhos ganham mais brilho, da boca só sai risos, a mente se abre, o corpo relaxa, é que tô mó odara, é que tô tão odara, numa eterna e pura vibe.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tentando alcançar o sol

Veja o que aconteceu
O inesperado, o imprescindível.
Reveja seus já velhos conceitos,
Se veja naquele grande espelho que eu estarei lá
A te esperar.
Feliz você me olha,
Ou se debocha eu já nem sei.
Eu te procuro, e vejo vultos,
Eu declaro ao mundo o quão tola eu sou.
Sem interesse esperei tantos meses
Você mentiu sem se dar conta de quem sou.

O beijo da noite é seu?
As voltas tão belas.
O beijo da noite é meu
As voltas tão belas

Show Eletro Acústico


- Quando: 08 de maio, às 21h
- Onde: Casa de Taipa (Radial B - Camaçari)
Quanto: Couver
Bandas: Edy Vox e a Banda



terça-feira, 20 de abril de 2010

Cria do rock camaçariense

   Esta matéria saiu hoje (terça, 20 de abril de 2010) no Caderno 2+ do jornal A Tarde, página 06. Eu, lendo aquele jornal por fins profissionais, com a carga da obrigação nas costas, surpreendi-me com esta matéria que me deixou feliz. É a cena crescendo, o rock de Camaçari dando as caras mais uma vez em caráter estadual. Yeah, Vida longa!
   Apesar de está em P&B, dá pra conferir a matéria, é só clicar na imagem -fikdik

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sangria Rock


- Quando: 30 de abril, às 21h
- Onde: Mega Star (Praça dos 46 - Camaçari)
- Quanto: R$5
- Bandas: Double Deck, Pretexto, Declinium, Storm, Pessoas Invisíveis (SSA)


Realização: Associação Cooperarock + Coletivo Cultural Capivara

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mais do que meras palavras agrupadas

   Eu costumo escrever, hábito que tenho desde criança. Com uns quatro anos, lembro que ditava histórias e minha mãe escrevia num papel com caneta azul e ainda deixava o espaço pra ilustração - feita por mim, é claro. Com dez anos fiz um conto mais complexo, que por sinal até virou peça teatral, fui elogiada por muita gente, ficava cheia de orgulho. Já com 11 anos, me interessei muito por crônicas, escrevia sobre coisas que eu discordava ou acreditava, alguns falando sobre o homem e sua complexidade e também escrevia muita poesia.
   Aos 14 anos me interessei com a música, e resolvi que ia compor alguma coisa, mesmo que não fosse musicada, e comecei escrevendo umas músicas 'fáceis' (daquele tipo que rima coração com emoção), era super tosco... Já aos 16 anos, por influências de algumas bandas que gosto, minhas composições tomaram um ar mais sério, falavam (como falam) da morte, da perca, do sofrimento da alma, do amor sofrido, das interrogações, do desconforto, etc... 
   Com menos freqüência, mas ainda escrevo poesias. Porém perdi a vontade de escrever crônicas e contos. Na verdade, em relação a contos, morro de vontade de escrever um livro, o porém é que acho que perdi essa capacidade que tinha de desenvolver uma história, dar vida aos personagens, minto, capacidade pra isso ainda tenho, mas perdi um pouco da paciência, e quando começo a escrever algo já quero dar logo um fim, eu mesmo fico curiosa pra saber como vai terminar o 'fusuê' e não desenvolvo; o mais longo dos meus contos novos tem 11 páginas digitadas, muito pouco pra escrever um livro é claro, por menor quer seja ele. Mas vou tentar complexá-lo e fazê-lo como roteiro de um curta narrativo.
   Mas as minhas composições musicais, hoje estou a me orgulhar, uma delas foi musicada por uma banda chamada Ladrões Engravatados, uma cedi a um amigo, algumas estão paradas (esperando que eu aprenda logo tocar essa maldita guitarra), e outras estão em movimento, só aguardando a estréia da minha banda.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Primeira vez

   Sabe essa coisa de blog novo? Parece primeiro dia de aula, no meu caso é pior, primeiro dia de aula de faculdade. Olhando assim, de longe, devia parecer fichinha, mas quando você olha para aquelas caras desconhecidas e estranhas, fica parecendo quando tinha três aninhos e a mamãe te levou pra escola pela primeira vez... E como parecia que todo mundo já se conhecia e riam, e só você era o diferente alí dentro daquele ambiente excêntrico.
   Pois é meus caros, a menos de uma hora atrás tinha um blog no qual eu postava com toda naturalidade do mundo, as palavras saiam de mim despercebidamente, as imagens se encaixavam perfeitamente... Aí por vaidade resolvi excluir minha conta e fazer uma outra. E aqui estou eu, sem saber o que dizer, se me apresento, se posto os textos antigos, se coloco as minhas canções preferidas, ou fotografias quem sabe... Mas nada flui, tudo está travado, sério, até esse pobre texto que escrevo está sendo peregrino de externá-lo, de torná-lo fluido. Parece que a imagem certa não aparece, tudo parece tão troncho e sem jeito...
   Mas as coisas são assim, o tempo encaminham de deixá-las suaves, leves... Assim será, tenho essa certeza, então, esperem pelo novo, pelo novo jeito, novo modo, a nova música, nova idéia, a nova descoberta, o novo filme, a nova fotografia... Sempre com o toque antigo e introspectivo, do que seria o novo se não fosse o velho...
   Enfim, virá...