sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Oi, quero ser seu amigo de infância

   Pessoas inconvenientes que simpatizam com sua pessoa (?) e por isso resolvem ser suas amigas pra sempre, ou que simplesmente são sadistas e têm o prazer barato de te irritar. Pois é, conheço muito, conhecimento do nível que dava pra escrever um artigo. 
   Essas criaturas são como praga, estão em todos os cantos, em cada esquina, em cada fila de banco, sala de espera de dentista, ponto de ônibus, enfim; onde houver vida, pode ter certeza, há um ser chato que vai te irritar, e sobretudo estes, que insistem em estabelecer uma conversa, mesmo que você não esteja disposto a isso. E posso dividi-los em três tipos, vamos a eles:

1. Que horas são?
   Esse tipo não chega a incomodar, talvez seja apenas uma indicação que você transmite simpatia (?). As interações costumam ser 'por favor, poderia me dizer as horas?' ou 'como é que eu faço pra chegar na Rua Onde o Vento faz a Curva?' Coisa simples, que não me aborrece nem nada. 

2. Vamos fazer um abaixo assinado
   O tipo dois também não chega a me incomodar, mas me deixa um tanto desconcertada, admito. É aquela gente que tá no ponto de ônibus com você, e, percebendo a demora do transporte, diz 'A gente tem que fazer um abaixo assinado pra melhorar a situação'. Ou então aquela pessoa que tá na fila do banco e fala 'Deviam colocar mais atendentes, isso é um absurdo'. Por sinal, são nesses lugares que conhecemos as pessoas mais engajadas e reacionárias desse mundo.

3. Você mora onde?
   Chegamos ao tipo odiado, temido e irritante. É aquela gente que senta ao seu lado no ônibus e quer saber sobre toda a sua vida. Me impressiona a disposição em que esses seres têm em se tornar seu amigo de infância. Querem saber seu nome, sua idade, pra onde você vai, que curso você faz, qual semestre você está, onde você mora, onde trabalha, o que gosta de fazer nas horas livres, qual o tamanho do seu sapato. E digo: me dá medo.  Esse tipo é aquele que você deseja o mal pra sempre, que te importuna e que, infelizmente, sempre encontramos por aí.

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