segunda-feira, 23 de julho de 2012

Curto e grosso: Sobre Pulp Fiction, Para Roma Com Amor e Hairspray

   Pulp Fiction - Tempos de Violência é cheio de sangue, armas, violência, drogas, sexo e tudo mais. Mas todas essas coisas são contadas com a naturalidade de uma dança, assim como a naturalidade de seu enredo: a livre a narração de fatos, sem conflito nem herói, completado com diálogos afiadíssimos. Primeiro e melhor filme que assisti de Tarantino, Pulp Fiction deve ser visto até mesmo por quem não gosta de sangue na tela.
   Numa montagem inteligente, três histórias são contadas. Na primeira, dois mafiosos, Vincent e Jules, precisam fazer uma cobrança, o que resulta em muita morte e sangue. Na outra, Vincent é ordenado a fazer companhia a mulher de seu perigoso chef, que está viajando. E na última, somo apresentados ao boxeador Butch, que surpreende vencendo uma luta de ganhador pré-definido. 

   Conheço quase nada de Woody Allen, mas sei que ele é um gênio cinematográfico. Porém o último filme (que faz parte de seu tour pela Europa), Para Roma Com Amor, não tem muita coisa de genial. Apesar da poesia doce do cineasta, tudo é bastante leviano e soa meia boca.
   São quatro histórias paralelas, que nunca se cruzam: Em uma, o próprio diretor interpreta um produtor cultural, que enxerga no sogro de sua filha, talento para a ópera, mas ele só consegue cantar bem no chuveiro. Somos também apresentados a Leopoldo Pisanello, um romano comum que fica famoso da noite pro dia, sem nenhum motivo aparente. Depois conhecemos a história de um casal do interior da Itália, que, chegando a capital, se perdem e envolvem-se em grandes confusões. Por fim, temos a história de um arquiteto que se reencontra consigo mesmo, em sua juventude, e revive uma história de amor mal resolvida.

   Tenho antipatia por musicais, mas acho que até mesmo os fãs do gênero não tenham muito apresso por Hairspray. O filme se passa na década de 60 e conta a história de uma menina gordinha que deseja virar dançarina de um famoso programa da tevê, mas a emissora  faz de tudo para boicotar Trancy, porque ela foge dos padrões estéticos. Preconceito que se estende aos negros, resultando em protestos e toda uma luta social. Hairspray é crítico, sim, tem uma estética bem bonitinha, sim, mas lembra demais Malhação e filmes teens: cansativo e chatinho. Talvez eu não goste somente porque não me encanto com musicais. Talvez.

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