Hoje eu acordei meio incomum, foi uma força me encorajando a viver certas inconstâncias. Deu vontade de sentir todos os cheiros suaves do mundo, de consagrar todos os desejos mais íntimos. Quero ouvir músicas tranqüilas, como o som que dança agora em meus ouvidos. É uma vontade incoerente, quero assistir um filme de Godard e tomar cappuccino gelado com pão de queijo. Quero bebericar uma dose de vodka com limão, quero deitar e sentir o mar balançar minha alma.
Ler um novo romance, escrever coisas mais suaves. Porque agora eu percebi, percebi que o tempo não é tão infinito como parece, que o prazo de validade que limita o ser espreme a quantidade de sorrisos e momentos em transe. Eu decidi: viver! Eu concluí, deixar se permitir, deixar que o vento leve. É algo novo, definitivamente, acho que é um grande momento novo, composto por pequenas metamorfoses, lentas, impercebíveis, até você acordar num sábado comum e se dá conta de tudo isso.
Não se esconder em morais sociais, em censuras internas, em prisão. A vida combina mesmo com liberdade, desprendimento. Vamos saboreá-la, vamos degustá-la, deixar o paladar perceber o tempero, o doce... O amargo. É amarga a existência, mas mais amarga é a inexistência, a inexistência de expressão, de calor, de vivacidade, o nulo é extremamente acre, insosso.
Vamos brindar os pequenos prazeres, vamos saudar a simplicidade do existir.
Liberdade palavra que invoca tantos sentidos né? Vida combina com liberdade no amplo sentido da palavra e pra viver desprendimento é necessidade, não deixar-se levar pelos hábitos, costumes e moral burgesa limitando nossa liberdade é difícil mais é importante resistir e buscar... a simplicidade do existir! rs
ResponderExcluirGostei do texto.