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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Top 3 podcasts

Eu era a pessoa que seguia blogs e afins e, sempre que aparecia que o resto do conteúdo estava em podcast, eu virava a cara e preferia desistir a ouvir. Preconceito mesmo.
Felizmente Junior me apresentou à podcastlandia. Os primeiros, confesso, não chegaram a me cativar, mas ao longo do tempo e a cada descoberta, fui virando uma entusiasta ao posto de podcast fã.
E como eu amo listas, resolvi reavivar um pouco este blog aqui com um top três rapidão dos podcasts que mais gosto e estou mais ouvindo ultimamente. Vamos lá!

1. Um Milkshake Chamado Wanda

Phelipe Cruz, Marina Santa Helena e Samir Duarte - e as vezes um convidado - falam sobre assuntos variados, como música, cultura pop, viagens, realitys e coisas aleatórias da vida, dando dicas no Interessantiney, lendo e-mails dos ouvintes no Me Ajuda Wanda, dentre muitas outras coisas. Divertidíssimo!


2. Imagina Juntas

Primeiro podcast que virei fã - olá, sou imaginer. Carol "Tchulim" Rocha, Jéssica Grecco e Gus Lanzetta falam sobre assuntos variados de forma muito descontraída, sobretudo do universo 'jovem adulto', relacionamentos em geral e cultura pop, além de as vezes receber convidados e dá um help aos ouvintes no Espacial de E-mails.




3. Esquizofrenoias

Este podcast tem, basicamente, uma pauta única: saúde mental. Amanda Ramalho, no entanto, faz isso de forma muito leve, recebendo um convidado a cada episódio, abordando assuntos como depressão, ansiedade, TOC, esquizofrenia, autismo, etc. Enriquecedor!




+ Bom, com menos frequência, tenho escutado podcasts que indico também como o Pãodecast, Baseado em Fatos Surreais, Gugacast, Libertinagem e NaruHodo. Tenho alguns na lista para escutar em breve e, se curtir, indicarei depois por aqui. 
Tem alguma dica? manda aí!

sexta-feira, 23 de março de 2018

Links da semana XXIII


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Links da semana XX

(Está virando quase links do mês)

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Qual a diferença do feminismo negro ao feminismo que vocês conhecem?

Há tempos atrás vi um texto compartilhado no facebook, publicado por Alice Guedes, e por achá-lo tão necessário, quis multiplicar aqui como forma de questionamento ao liberalismo e introdução a um debate sobre as mulheres negras no feminismo. 
Entrelaçado a isso, recentemente ouvi uma pessoa contestar a necessidade da realização de um evento voltado para mulheres negras por considerar um espaço excludente às mulheres brancas.
Estamos em 2017 e ainda temos que justificar e relembrar que, assim como gênero, raça também é uma opressão estrutural, o quanto mulheres brancas e negras ocupam lugares diferentes em nossa sociedade e as tamanhas desigualdades ocasionadas pelo racismo. E as vezes cansa ser didática porque certos comentários parecem ser apenas desonestidade intelectual.
É sabido que, dentro da hierarquia de gênero, as mulheres estão submetidas à opressão masculina. Mas historicamente, brancas têm privilégios de cor. Por isso, para desenhar algumas dessas diferenças, vamos ao texto de Alice:

FEMINISMO BRANCO:
Luta por uma igualdade salarial em relação ao homem
FEMINISMO NEGRO:
Luta por uma igualdade salarial em relação a uma mulher branca

FEMINISMO BRANCO: 
Lutam para se desprender dos cosméticos e se amarem sem essa pressão estética
FEMINISMO NEGRO:
Lutam para terem mulheres negras aliadas a marcas de cosméticos. Lutam para terem produtos específicos para sua pele sendo comercializados

FEMINISMO BRANCO:
Luta contra a pressão de ter um relacionamento fechado, podendo decidir ter um aberto se quiser
FEMINISMO NEGRO:
Luta para ter um relacionamento

FEMINISMO BRANCO:
Lutaram para conseguir ter o direito ao trabalho
FEMINISMO NEGRO:
Sempre trabalharam. Sempre tiverem que trabalhar. Forçadas. Escravizadas.

FEMINISMO BRANCO:
Luta para ter os mesmos direitos sociais que um homem
FEMINISMO NEGRO:
Luta para ter os mesmos direitos sociais que uma mulher branca

FEMINISMO BRANCO:
Luta para que sua voz seja ouvida no meio de homens que a silenciam
FEMINISMO NEGRO:
Luta para que sua voz seja ouvida no meio de mulheres brancas que a silenciam

FEMINISMO BRANCO:
Lutam para serem consideradas capazes assim como um homem
FEMINISMO NEGRO:
Lutam para serem consideradas mulheres, assim como as mulheres brancas são.

Links da semana XVII

- Vídeo receita: Bolinho de batata e queijo!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Violação

O temor é cotidiano, e só quem o sente sabe o que é. É o medo que quem nunca teve o corpo visto como público nunca sentirá. É de quem anda na rua e gostaria que sua única preocupação fosse ou não ser assaltada. É pela certeza que o nosso 'não' quase nunca será respeitado, nossas opiniões serão menosprezadas e o que nos ocorrer será porque demos motivo.
Todo dia uma notícia de mais uma irmã nos causa dor, e quando é alguém assim tão perto nos angustia. Nós somos por todas porque entendemos nossas dores, como nenhum homem será capaz de entender porque não precisa senti-las, porque o privilégio os blindam de certas opressões e violências.
Mulheres, vocês não estão sozinhas, estamos juntas não simplesmente por uma questão de escolha, mas sobretudo por uma questão de sobrevivência. Somos por nós. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sobre maternidade e patriarcalismo

Nós nos posicionamos diariamente pelo empoderamento feminino, mas sabemos o quanto a desigualdade de gênero ainda é radicalmente presente em nossa sociedade. O machismo é diário, seja nos julgamentos e comentário torpes , assédios naturalizados, cultura do estupro, feminicídio, etc etc etc. Lista infindável do que temos que enfrentar.
Mesmo sabendo que temos uma sociedade tão patriarcal, uma coisa (infelizmente) corriqueira me chocou dia desses. Discutimos sempre a imposição e romantização da maternidade, falamos sempre sobre o abandono paterno. Mas as vezes coisas corriqueiras nos chocam quando vemos assim de perto, e quando não conseguimos falar ou fazer nada para mudar alguma coisinha na situação.
Estava com um casal, pais de uma criança que tinha cerca de um ano e meio. A mãe dava comida sempre, dava banho  todas as vezes, trocava a fralda, vestia, penteava os cabelos, acalentava de madrugada (ou durante o dia). O pai assistia de longe, brincava um pouco, só. Em outra situação, esse pai passou vários dias em outra cidade a lazer, enquanto a mãe tinha que trabalhar e cuidar da criança.
Não sei da vida de ninguém e talvez não deva fazer julgamento. Mas foi inevitável: me indignei. E me indignei como isso foi naturalizado pelas outras pessoas que estavam presentes. Tudo parecia muito comum, porque, como já disse, isso é corriqueiro.
Comecei a lembrar das pessoas próximas, amigos(as) ou colegas que têm filhos, e percebi o quanto muitos pais se posicionam da mesma maneira, ou até de forma pior, ou quando agem melhor ganham carteirinha de super-pais. É um padrão quase unânime: para as mães cabe as obrigações e o peso da maternidade. Ao não assumir esse papel (papel esse que é de abrir mão de sua própria vida), a mulher é chamada de irresponsável ou coisa pior. Aos pais, os mais presentes são parabenizados, valorizados. A displicência é perdoada, despercebida. O abandono é pouco julgado.
É necessário quebrar esse paradigma. Compartilhamento das obrigações é imprescindível. Responsabilidade é igual para ambos, o  filho é dos dois. Os mais próximos sabem o quanto sonho em ser mãe. Mas isso não deve ser um fardo, e não deixarei que seja. Tampouco uma tarefa unilateral. Da próxima vez não deverei ficar calada. Vamos empoderar nossas irmãs. Vamos enfrentar e resistir porque, como diz a música, somos flortaleza.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sobre apropriação

Todo mundo quer ser preta sob os flashs da câmera fotográfica, cabelos e batom coloridos, óculos de sol, turbantes, background da favela e tudo mais. Todo mundo quer ser preta pra postar no facebook a foto 'afropunk-style-atitude'.
Mas ninguém quer ser preta quando as luzes abaixam. Ninguém quer ser preta quando se é vítima de racismo, quando se é pouco levada a sério no mercado de trabalho, quando se é hipersexualizada, objetificada, preterida. Ninguém quer ser preta quando o padrão estético diz que seu cabelo é duro, sua pele escura demais e seus traços feios, ou quando criança você chorava se odiando, ou até mesmo quando você liga a tevê ou vê propagandas e não se enxerga em lugar nenhum. Ninguém quer ser preto quando a polícia te coloca como suspeita e quando seus irmãos e irmãs são sumariamente executados diariamente. 

Irmãs pretas, continuemos nos empoderando, na luta e também exaltando nossa estética que é símbolo de resistência.
As mina branca, parem com isso que tá feio.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sobre Jout Jout



Foi Fran que me falou pela primeira vez. Mandou para o grupo do whats, mas eu nem abri o vídeo, pura preguiça. Quando fui na casa dela, ela repetiu o quanto eram engraçados os vídeos da Jout Jout e, então, assistimos juntas: foi pura e muita risada. Não daquelas forçada nem nada, risada solta, do tipo quando você se identifica com uma coisa, sabe. E na verdade foram muitas coisas que me identifiquei.
Escolher os vídeos que mais gosto é um pouco complicado, já que é uma lista não muito curta: tem o 'calcinha boa é sem calcinha', 'guarda esse peru', 'de: julia de 23 para: julia de 13', 'com ela x sem ela', 'passinho e puxa', 'teoria da peneira', '9 coisas que vocês não sabem sobre nós', 'cocô a dois', 'o que vivi no tinder', 'vai de copinho', 'kit de expressões para o natal', '11 coisas que nós não sabemos sobre vocês', 'jout jout rural', 'um banho suave', 'milho', 'kit de expressões para o carnaval', 'porque malhamos as coxas', 'certezas da adolescência', 'para analisar arte direitinho', 'presente de aniversário', '50,5', 'o caio que vem de dentro', ufa, cabô.
Quero ser amiga de Jout Jout! Apois, ela adora cachorros, faz dancinhas esquisitérrimas típicas de quem não sabe dançar, me apresentou a maravilhosa teoria da peneira que me deixou muito afim de encontrar Jorge, além de ter criado o funk do cajado melhor funk.
Mas eu quis falar sobre Jout Jout aqui principalmente por enxergar nela um 'respirar' das minas nesse mundo dos vlogs e tendências das internets. É um vlog de mina para as minas e sobre as minas, sem clichê. Ela fala sobre coisas que dizem que menina não diz (mas dizemos sim, e muito), é a desconstrução, no seu simplismo do cotidiano.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Tire seus padrões do meu corpo e da sociedade


Dizem, nêgo, que esse seu cabelo crespo (ou ruim, como falam) tem que ser alisado, o seu nariz grande tem que ser afilado. Nossas meninas, sobretudo, crescem aprendendo a se odiar. Ser negro é lindo, nêgo, mas com traços finos, por favor.
E essas meninas crescem e querem mudar pra se adequar aos seus padrões. Mas agora você diz que a 'neguinha' não quer se valorizar. Afinal, quem impôs esses padrões? Quem nos ensinou a nos odiar?
Dizem que é vitimismo. Você faz mimimi, nêgo. Mas qual é a cor dos nossos representantes de empresas, entidades, órgãos e políticos? 

Luta, preto, grita, tire os padrões do meu corpo e da sociedade, porque ela é nossa.

(E, por favor, lôro, tira essa camisa de Zumbi)

sábado, 13 de dezembro de 2014

Porque a frase "O feminismo luta por igualdade" deve ser problematizada

Hoje compartilharei o texto de uma mina poderosa chamada Larissa De Luna, no qual é colocada em cheque a ideia de que o feminismo luta por igualdade. E vamos lá, sem mais delongas porque o texto dela já derruba vários forninho.
(Ahhh, e a ilustração - que eu achei maravilhosa - é de Vitor Teixeira)


"Muita gente quando entra pra valer no movimento se depara logo de cara com a perspectiva liberal. O feminismo parece mulheres nas ruas de mãos dadas a homens cantando We Are The World. As imagens compartilhadas no facebook são ilustrações que diziam que feminismo é a mulher ser igual ao homem. Esse feminismo fez, faz e sempre fara mulheres se sentirem no mundo da Disney. Lindo, ponderado, porém mentiroso.
Mas esse liberalismo dura até o dia em que você decide lutar de forma direta (já que mulheres lutam desde sempre contra sua própria socialização), e quando a gente luta, é contra algo. E ai dentro dessa batalha toda você da de frente com a sua oposição, que não só é o patriarcado, mas uma classe inteira. Classe essa, masculina.
Nesse momento sua perspectiva de igualdade se altera. Frases que você ouve as modificam:
"Quer igualdade? lute pelo alistamento militar obrigatório!"
"Quer igualdade? lute contra a lei maria da penha!"
"Quer igualdade? Então não reclama quando apanhar. Homem apanha, então porque mulher também não pode?"
"Quer igualdade? comece chamando homem na rua de gostoso"
"Quer igualdade? Então comece vindo me estuprar"
E é exatamente isso o significado de igualdade pra uma classe agressora. Não é acabar com a violência, é todo mundo pratica-la. Não é acabar com uma batalha inteira de classe, é dar o direito de todo mundo se espancar. Não é acabar com a agressão, é todo mundo agredir. Não é os homens chegarem ao percentual de menos de 10% de toda criminalidade do mundo pertencente as mulheres, é dar o direito das mulheres de chegarem aos mais de 90% atualmente pertencido aos homens.
Eu não luto por igualdade porque eu não quero ser isso. Porque eu não quero esse papel pra mim.
A ideia de igualdade não significa mais DIREITOS iguais, e se você acreditar que sim, usarão contra você. Irão se auto-permitir o direito da violência, mais do que ela ocorre hoje em dia. Eu não quero alistamento obrigatório pra ninguém. Eu não quero que a maria da penha exista, assim como eu também não queria que ela se fizesse necessária. Eu não quero que homens apanhem de mulheres, assim como eu nunca quis que mulheres apanhassem de homens. Mas isso nunca foi uma escolha. Eu não quero que a violência seja modificada, eu quero que ela seja abolida. Mas talvez a socialização dada aos homens não permita a eles essa perspectiva.
Porque gênero é isso, é socialização, é pra um submissão e pra outro demonstração de poder. É acima de tudo, hierarquia. Nunca poderia existir igualdade, porque o gênero já é criado exatamente para ser desigual. E se essa igualdade fosse possível não seria desejável, primeiramente porque mulheres ativistas não estão em busca de estar acima da piramide, mas de uma suposta horizontalidade, então não seria igualdade porque não teria nenhuma outra classe para se basear. E segundo porque a classe masculina não está disposta a abrir mão do poder que exerce.
Minha luta é por emancipação, liberdade, empoderamento feminino e pelo fim de todo e qualquer tipo de violência. Não tem mais espaço pra igualdade nela. Se alguém tivesse que se espelhar em um gênero para querer ser igual a ele, teria que ser os homens, não nós.
Então não digam que o feminismo significa "mulher = homem", Isso não é feminismo, isso é assimilação.
E eu não sou e nem quero ser igual a eles."

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Procura-se


Venho aqui desabafar o quanto hoje em dia é difícil encontrar um omi de respeito.
Procura-se um omi que se valoriza, que se dê o valor, que não seja um vadio, um puto, e que não saia com qualquer uma.
Mas esses omis de hoje... vão pra cama na primeira noite e umonte de muié já pegou. Omi assim só serve pra diversão mesmo. Depois querem casar, onde já se viu?
Até em cima da gente eles dão agora, nem espera mais a gente chegar. Onde é que fica a conquista? Acabou o encanto...
Procura-se um omi que não seja promíscuo, que não ande por aí sem camisa e nem goste muito de ozadia (porque isso é coisa de omi safado sem vergonha). Se souber cozinhar, lavar e passar melhor ainda.