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terça-feira, 24 de abril de 2018

Links da semana XXIV

sexta-feira, 23 de março de 2018

Links da semana XXIII


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Links da semana XX

(Está virando quase links do mês)

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Qual a diferença do feminismo negro ao feminismo que vocês conhecem?

Há tempos atrás vi um texto compartilhado no facebook, publicado por Alice Guedes, e por achá-lo tão necessário, quis multiplicar aqui como forma de questionamento ao liberalismo e introdução a um debate sobre as mulheres negras no feminismo. 
Entrelaçado a isso, recentemente ouvi uma pessoa contestar a necessidade da realização de um evento voltado para mulheres negras por considerar um espaço excludente às mulheres brancas.
Estamos em 2017 e ainda temos que justificar e relembrar que, assim como gênero, raça também é uma opressão estrutural, o quanto mulheres brancas e negras ocupam lugares diferentes em nossa sociedade e as tamanhas desigualdades ocasionadas pelo racismo. E as vezes cansa ser didática porque certos comentários parecem ser apenas desonestidade intelectual.
É sabido que, dentro da hierarquia de gênero, as mulheres estão submetidas à opressão masculina. Mas historicamente, brancas têm privilégios de cor. Por isso, para desenhar algumas dessas diferenças, vamos ao texto de Alice:

FEMINISMO BRANCO:
Luta por uma igualdade salarial em relação ao homem
FEMINISMO NEGRO:
Luta por uma igualdade salarial em relação a uma mulher branca

FEMINISMO BRANCO: 
Lutam para se desprender dos cosméticos e se amarem sem essa pressão estética
FEMINISMO NEGRO:
Lutam para terem mulheres negras aliadas a marcas de cosméticos. Lutam para terem produtos específicos para sua pele sendo comercializados

FEMINISMO BRANCO:
Luta contra a pressão de ter um relacionamento fechado, podendo decidir ter um aberto se quiser
FEMINISMO NEGRO:
Luta para ter um relacionamento

FEMINISMO BRANCO:
Lutaram para conseguir ter o direito ao trabalho
FEMINISMO NEGRO:
Sempre trabalharam. Sempre tiverem que trabalhar. Forçadas. Escravizadas.

FEMINISMO BRANCO:
Luta para ter os mesmos direitos sociais que um homem
FEMINISMO NEGRO:
Luta para ter os mesmos direitos sociais que uma mulher branca

FEMINISMO BRANCO:
Luta para que sua voz seja ouvida no meio de homens que a silenciam
FEMINISMO NEGRO:
Luta para que sua voz seja ouvida no meio de mulheres brancas que a silenciam

FEMINISMO BRANCO:
Lutam para serem consideradas capazes assim como um homem
FEMINISMO NEGRO:
Lutam para serem consideradas mulheres, assim como as mulheres brancas são.

Links da semana XVII

- Vídeo receita: Bolinho de batata e queijo!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Violação

O temor é cotidiano, e só quem o sente sabe o que é. É o medo que quem nunca teve o corpo visto como público nunca sentirá. É de quem anda na rua e gostaria que sua única preocupação fosse ou não ser assaltada. É pela certeza que o nosso 'não' quase nunca será respeitado, nossas opiniões serão menosprezadas e o que nos ocorrer será porque demos motivo.
Todo dia uma notícia de mais uma irmã nos causa dor, e quando é alguém assim tão perto nos angustia. Nós somos por todas porque entendemos nossas dores, como nenhum homem será capaz de entender porque não precisa senti-las, porque o privilégio os blindam de certas opressões e violências.
Mulheres, vocês não estão sozinhas, estamos juntas não simplesmente por uma questão de escolha, mas sobretudo por uma questão de sobrevivência. Somos por nós. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sobre maternidade e patriarcalismo

Nós nos posicionamos diariamente pelo empoderamento feminino, mas sabemos o quanto a desigualdade de gênero ainda é radicalmente presente em nossa sociedade. O machismo é diário, seja nos julgamentos e comentário torpes , assédios naturalizados, cultura do estupro, feminicídio, etc etc etc. Lista infindável do que temos que enfrentar.
Mesmo sabendo que temos uma sociedade tão patriarcal, uma coisa (infelizmente) corriqueira me chocou dia desses. Discutimos sempre a imposição e romantização da maternidade, falamos sempre sobre o abandono paterno. Mas as vezes coisas corriqueiras nos chocam quando vemos assim de perto, e quando não conseguimos falar ou fazer nada para mudar alguma coisinha na situação.
Estava com um casal, pais de uma criança que tinha cerca de um ano e meio. A mãe dava comida sempre, dava banho  todas as vezes, trocava a fralda, vestia, penteava os cabelos, acalentava de madrugada (ou durante o dia). O pai assistia de longe, brincava um pouco, só. Em outra situação, esse pai passou vários dias em outra cidade a lazer, enquanto a mãe tinha que trabalhar e cuidar da criança.
Não sei da vida de ninguém e talvez não deva fazer julgamento. Mas foi inevitável: me indignei. E me indignei como isso foi naturalizado pelas outras pessoas que estavam presentes. Tudo parecia muito comum, porque, como já disse, isso é corriqueiro.
Comecei a lembrar das pessoas próximas, amigos(as) ou colegas que têm filhos, e percebi o quanto muitos pais se posicionam da mesma maneira, ou até de forma pior, ou quando agem melhor ganham carteirinha de super-pais. É um padrão quase unânime: para as mães cabe as obrigações e o peso da maternidade. Ao não assumir esse papel (papel esse que é de abrir mão de sua própria vida), a mulher é chamada de irresponsável ou coisa pior. Aos pais, os mais presentes são parabenizados, valorizados. A displicência é perdoada, despercebida. O abandono é pouco julgado.
É necessário quebrar esse paradigma. Compartilhamento das obrigações é imprescindível. Responsabilidade é igual para ambos, o  filho é dos dois. Os mais próximos sabem o quanto sonho em ser mãe. Mas isso não deve ser um fardo, e não deixarei que seja. Tampouco uma tarefa unilateral. Da próxima vez não deverei ficar calada. Vamos empoderar nossas irmãs. Vamos enfrentar e resistir porque, como diz a música, somos flortaleza.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O seu corpo é uma floresta

"Me escute, o seu corpo não é um templo. Templos podem ser destruídos e profanados. O seu corpo é uma floresta - densas copas de árvores de bordo e flores silvestres de perfume doce brotando na relva. Você vai voltar a crescer, de novo e de novo, não importa o quanto você tenha sido devastada"

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sobre Jout Jout



Foi Fran que me falou pela primeira vez. Mandou para o grupo do whats, mas eu nem abri o vídeo, pura preguiça. Quando fui na casa dela, ela repetiu o quanto eram engraçados os vídeos da Jout Jout e, então, assistimos juntas: foi pura e muita risada. Não daquelas forçada nem nada, risada solta, do tipo quando você se identifica com uma coisa, sabe. E na verdade foram muitas coisas que me identifiquei.
Escolher os vídeos que mais gosto é um pouco complicado, já que é uma lista não muito curta: tem o 'calcinha boa é sem calcinha', 'guarda esse peru', 'de: julia de 23 para: julia de 13', 'com ela x sem ela', 'passinho e puxa', 'teoria da peneira', '9 coisas que vocês não sabem sobre nós', 'cocô a dois', 'o que vivi no tinder', 'vai de copinho', 'kit de expressões para o natal', '11 coisas que nós não sabemos sobre vocês', 'jout jout rural', 'um banho suave', 'milho', 'kit de expressões para o carnaval', 'porque malhamos as coxas', 'certezas da adolescência', 'para analisar arte direitinho', 'presente de aniversário', '50,5', 'o caio que vem de dentro', ufa, cabô.
Quero ser amiga de Jout Jout! Apois, ela adora cachorros, faz dancinhas esquisitérrimas típicas de quem não sabe dançar, me apresentou a maravilhosa teoria da peneira que me deixou muito afim de encontrar Jorge, além de ter criado o funk do cajado melhor funk.
Mas eu quis falar sobre Jout Jout aqui principalmente por enxergar nela um 'respirar' das minas nesse mundo dos vlogs e tendências das internets. É um vlog de mina para as minas e sobre as minas, sem clichê. Ela fala sobre coisas que dizem que menina não diz (mas dizemos sim, e muito), é a desconstrução, no seu simplismo do cotidiano.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Nada de novo sob o sol

Nas lutas, seja dos pretos ou feminista (ou tantas outras, cito essas porque eu as vivencio), ficamos num misto de empatia e depois decepção com os ditos 'aliados'. E o que seriam esses 'aliados'? Pessoas que não vivenciam, mas dizem acreditar e lutar pela causa.
Eu acredito e respeito várias causas as quais não me pertencem, como a das lésbicas, gays, gordos e pessoas com deficiência, mas nunca devo tomar o poder de fala destes ao falarem de suas questões, tenho que admitir meu papel privilegiado e desconstruir diariamente os equívocos.
Essa é a premissa básica. Querer falar pelo outro não é apoiar. E olha, é dificílimo achar pessoas que compreendam isso.
Na questão da luta das mulheres, homem adora dizer que apoia, mas não querem 'meeeeeixmo' ao menos reconhecer os seus privilégios. Aí continuam querendo ditar, dizendo como as minas devem agir, pelo que devem lutar, falar, fazer. Peraí cara, opressor tá querendo mandar no oprimido desde sempre.
A conclusão é que vou começar a seguir o ensinamento de que, ao invés discutir com omi sobre empoderamento e espaço de fala das mulheres (ou afins), é melhor usar esse tempo e energia para empoderar as mana.
Moço, você já tem poder de fala em toda a sociedade e sempreeee teve. Nas minhas lutas, o que você acha não vale nada. 

A listinha de frases clichês, mas que valem a pena sim usar:
- Se tá incomodando o opressor, é porque, provavelmente, estamos no caminho certo;
- Feminismo não tá aqui pra agradar omi não;
- Não confunde a reação do oprimido com a violência do opressor.