Nas lutas, seja dos pretos ou feminista (ou tantas outras, cito essas porque eu as vivencio), ficamos num misto de empatia e depois decepção com os ditos 'aliados'. E o que seriam esses 'aliados'? Pessoas que não vivenciam, mas dizem acreditar e lutar pela causa.
Eu acredito e respeito várias causas as quais não me pertencem, como a das lésbicas, gays, gordos e pessoas com deficiência, mas nunca devo tomar o poder de fala destes ao falarem de suas questões, tenho que admitir meu papel privilegiado e desconstruir diariamente os equívocos.
Essa é a premissa básica. Querer falar pelo outro não é apoiar. E olha, é dificílimo achar pessoas que compreendam isso.
Na questão da luta das mulheres, homem adora dizer que apoia, mas não querem 'meeeeeixmo' ao menos reconhecer os seus privilégios. Aí continuam querendo ditar, dizendo como as minas devem agir, pelo que devem lutar, falar, fazer. Peraí cara, opressor tá querendo mandar no oprimido desde sempre.
A conclusão é que vou começar a seguir o ensinamento de que, ao invés discutir com omi sobre empoderamento e espaço de fala das mulheres (ou afins), é melhor usar esse tempo e energia para empoderar as mana.
Moço, você já tem poder de fala em toda a sociedade e sempreeee teve. Nas minhas lutas, o que você acha não vale nada.
A listinha de frases clichês, mas que valem a pena sim usar:
- Se tá incomodando o opressor, é porque, provavelmente, estamos no caminho certo;
- Feminismo não tá aqui pra agradar omi não;
- Não confunde a reação do oprimido com a violência do opressor.
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