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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sobre a quarentena, desesperos e tudo mais

Não vou deixar deixar

Que uma fase ruim vá me derrubar.

São dias difíceis

Tão só em meio ao caos

São sentimentos, pensamentos e sensações incontroladas

Eu só quero voltar ao controle

Aos poucos, vejo mais luz

Mas é uma luta incessante

Se manter sã e em paz

Eu só quero voltar ao tranquilo

Nas noites e tardes 'normais'

(Ainda bem que há tantos corações ao lado)

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Todas as séries do meu mundo


#Breaking Bad #Chewing Gum #Grace and Frankie #Grey's Anatomy #How to Get Away With Murder #Love #Master of None #Modern Family #Orange Is the New Black #RuPaul's Drag Race #Stranger Things #The Get Down #The Leftovers #The OA #Todo Mundo Odeia o Chris

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Alternative-se na rádio


De um simples blog de divulgação de notícias e eventos esporádicos da cena underground da Região Metropolitana de Salvador, o Alternative-se cresceu e virou um evento que já chegou a sua terceira edição e levou ao palco, em Camaçari, diversas bandas da Bahia, de rock, rap, e até samba, além de batalha de MCs e discotecagens que foi desde o ragga até o hard.
Agora, o Alternative-se criou mais um mecanismo para fortalecer a cena menos difundida pelas grandes mídias, sobretudo da cidade 'da árvore que chora': trata-se do programa na rádio Camaçari FM, que acontece todo sábado, as 18h.
As artes alternativas configuram-se como movimento cultural da cidade e manifestam-se na vida de Camaçari, seja nas praças, espaços de show, equipamentos culturais e bairros, e o Alternative-se propõe dar voz a estas, dando destaque a artistas da música alternativa, sobretudo da Bahia, mais especificadamente de Camaçari.
Além da música, serão valorizadas outras manifestações artísticas alternativas, como teatro, artes circenses, plásticas e visuais, dança, poesia, literatura e quadrinhos. Também será dado destaque a esportes ligados à cultura alternativa, como patins, bike, skate, surf e slakline.
Então, fiquem ligados: todos os sábados, das 18h às 19h na Camaçari FM, pelo 87,9 do rádio (pega em alguns bairros de Camaçari), pelo site www.camacarifm.com.br ou baixando o aplicativo (http://migre.me/pu1aO) para dispositivos Androids.

sábado, 7 de março de 2015

lost

Era como seu tudo estivesse de cabeça pra baixo/ e aquilo que acreditava não importava mais. //Não se encontrava em lugar nenhum/ se via só no meio do mundo// Era essa apatia que te desconsertava/ te inquietava e arrancava o choro/ que ela nem sabia o porquê// Não sabia o que fazer/ pois perdeu os laços que te amarravam a si// E já desfeita, com a alma perdida/ ela estava esgotada/ facilmente se formavam as feridas// Era a dor da alma que não se apagou

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Por do sol

Os olhos brilhantes
Já se perderam
Ou é só desespero meu?
Tão fugitivo de mim
Escorre por entre os dedos
Mas quando há graça
Se agarra sem medo.
E até agora espero uma resposta
Aflição, da paz que se esgota
E essa pieguice
Que tanto fujo
Mas me abraça
Mesmo que eu tente me afastar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Ciranda

Éramos reis
Você e eu
Em nosso castelo
Foi conto de fadas.
Me coroou
Como a mais feliz
Desse laço que fiz
Dos seus braços.
E o sorriso mais lindo que vi,
Teu olhar foi só meu.
Fui seu par,
Fui seu lar.

Nessa ciranda
Dançou, bebeu
Fumou, 
Tremeu
Morreu de amor

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

"O sistema é bruto" e nosso país de conservadores

"O sistema é bruto", dizia aquele cara na televisão e repete o tal 'bom cidadão'
Que acha graça do pobre falando errado e bate palma quando matam ladrão.
Mas ele esquece que o sistema é bruto pro preto, pro favelado.
Ele fuma três maços de cigarro por dia, mas condena quem fuma um baseado.
Ele acha aborto abominação, mas não liga muito se é o pai quem larga o filho de mão.
Não gosta de viado e quer que seu filho seja o machão.
Brasileiro aprisionado, escravo da manipulação
Abra a cabeça, senhor, que suas ideias não tolero mais não.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Navegando

Essa maré vai passar,
E quem quiser me ajudar a remar, pode chegar.
Essa maré de lágrima que faço pra navegar, 
Camelo já dizia. 
Onde será que vai desaguar?
Quando vai parar de desabar
A chuva que inunda os olhos
Enquanto houver oceano para atravessar
Em meu diário de bordo hei de acumular histórias
E um dia irei chegar no meu porto e ancorar - quando o sol chegar


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sobre mortes ou o caos

Qual morte te choca? 
A morte do ente querido?
A morte da 'mente brilhante'?
A morte de um conhecido?

Qual morte te toca?
Do corpo estendido na calçada
Que todo dia estampa páginas policiais?
Ou a morte que sai na capa dos mais populares jornais?

Qual morte te choca?
Todo dia um tiro acerta
Todo dia o risco alerta
Que são milhares de vítimas,
Milhares de vidas que vão

E qual a morte que te toca?
Qual você lamenta?
Qual você se importa?
Das quais você nem lembra?


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Desatar

Tudo só começou
E não me importa o depois
Porque o amanhã ainda vem, e o então já não sei
Quero provar 
O sabor amargo da loucura
O doce prazer
Me desatar os desejos guardados
Espalhá-los em você, 
Me desfazer em você...
É que o mundo pode virar de cabeça
E todos os sonhos vão desaparecer.
Então não espera,
Olha que o sol já vem
Não interessa o que vão dizer, porque sempre irão falar
Mas eu não tenho nada a perder
Se só que temos a sofrer é da vida desperdiçada
Por isso não disfarça, acha graça
Perca o rumo, o prumo
E e me apruma em seu braço
Me una em seu abraço, desarruma

Porque já tá tudo bagunçado, espalhado.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A saga do CamassaRock


TCC (ou monografia) é sempre aquela dor de cabeça. É raro de quem não reclame, é raro quem não precise sacrificar seus fins de semana, madrugadas e dignidade para entregar o bendito. E prevendo isso tudo (não com muita precisão. Na verdade, quase precisão alguma), logo no terceiro semestre da faculdade comecei a fazer altos planos de como seria o meu trabalho de conclusão de curso: uma revista de cultura. A ideia reunia as duas coisinhas que mais me chamavam a atenção no jornalismo: o jornalismo de revista e o cultural.
Só que no meio do curso chegou a matéria de rádio e tevê, e esses dois veículos que antes pareciam que não eram muito meu forte (eu até já quis fazer o curso de Rádio e TV, mas era pra atuar atrás das câmeras), passou a figurar como os meus favoritos. Tomei gosto - e a professora disse que eu levava mó jeito pra coisa. Pra completar, nessa mesma época fui estagiar na tevê, e lá também, a galera dizia que o vídeo e eu tínhamos tudo a ver. Aí me apaixonei: produção, edição, reportagem. Era tudo isso que eu queria pra mim! 
Depois de passar um ano atuando na tevê, tive que sair de lá. Mas o gosto por audiovisual não saiu de mim (não é a toa que comecei na faculdade fazendo Cinema). Todos os trabalhos que tive a oportunidade de utilizar o vídeo, esforços não foram poupados.
No sétimo semestre, chegou o Pré-Projeto de TCC e de uma coisa eu tinha certeza: ia ser em vídeo (documentário ou matéria especial). Mas ainda precisava correr atrás de um tema. Feminismo, racismo, movimento estudantil, umonte de coisa passou pela minha cabeça, eu tentava fujir do jornalismo cultural ("vamos mudar um pouco de ares?", pensava eu), mas ele me seguiu, e eis que resolvi falar do rock de Camaçari (uma paixão. Pra falar da minha relação com ele, renderia um post a parte).
Agora era pesquisa, pesquisa e pesquisa, escrever,  escrever e escrever, ufa. Mas tinha mais. Chegando no oitavo, somada às pesquisas, tinha a tal da produção. E olha, produzir um documentário é moleza não. Vai atrás dos entrevistados, marca com um, marca com outro, êta, temos que desmarcar, e o local de filmagem?, mas cadê o cinegrafista?, e as perguntas?, tem que passar primeiro pelo orientador, e a coordenadora do curso também tem que ver (beijos pros dois), esse plano não ficou bacana, e esse áudio menos ainda, tem ruido aí, tem que pegar as imagens, e decupar tudo, finalizar roteiro, selecionar vídeos, escolher as fotos, escrever. Mas, para tudo! Temos que nos dedicar também ao memorial, correr atrás de teoria (essa coisinha que vimos nos primeiros semestre e fazemos questão de minimizar durante o resto do curso), fazer sumário comentado, tem alteração do orientador, essa pesquisa aí tá pouca. Ufa, ufa, ufa.
Mas por fim, com o auxílio de minha amiga e colega de profissão Taís Araújo (que por percalços no caminho teve que abandonar o projeto dela e entrou no meu barco pra me ajudar a o fazer velejar), eis que surge o CamassaRock:

O rock é paixão. É assim que podemos traduzir o sentimento que move diversas pessoas que fazem desse ritmo sua vida. O CamassaRock é um documentário que retrata o rock no município de Camaçari, Região Metropolitana da Bahia, como um movimento alternativo impulsionado por atuações de divulgação e de ações que contribuem para o desenvolvimento e para a consolidação desse estilo musical. O vídeo traduz a paixão que move as plateias, os distintos grupos musicais, produtores, divulgadores, organizadores a apoiadores do movimento, traçando os principais acontecimentos que marcaram o rock na cidade, e sobretudo, a sua estruturação e profissionalização a partir do ano de 2009, quando, em reconhecimento da importância da cena, foi instituído o Dia Municipal do Rock.

O DVD do CamassaRock já está a venda, os interessados podem entrar em contato comigo para adquirir o seu.

PS: Quero agradecer  a uma cambada de gente que me ajudou pra caramba também: os entrevistados (Rudsson Santos, Flávio Guerra, Faustino Menezes, Ericson França, Oreah, Leandro Rodrigues, Edvaldo Filho, Roque Torres, Marilton Trabuco, Ítalo Oliveira, Pablues, Beto Bruno - em nome da Cachorro Grande, Deputada Luiza Maia e o Secretário Vital Vasconcelos), outros que não puderam participar, mas contribuíram muito (Paulo Papel e Emerson Carlos), minha mãe, meu pai, meu namorado, SECULT de Camaçari, Trakino Design, Barraca da Cultura, Alternative-se, Camaçari Rock, Coletivo Capivara, TV Câmara, Clube de Arte Fotográfica de Camaçari, Rejane Rangel, e a todos que sempre perguntavam 'e aí, Emile, e esse documentário?', davam força e estavam na torcida. Brigadão a todos vocês.

PSS: Fiz um teaser, queria postar aqui pra vocês, mas ainda não consegui upar no youtube. Quando eu consegui, atualizo o post ;)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Divagando

Eu não sei do meu caminho
Se a flor é só dor e espinho 
E a labuta da luta caleja/
Rotina bate na porta
E eu, morta, atola, "não chora",
Rezo, peço a 'alguém do chão'
Porque o então é longo e longe/
E a fome (que não quer só comida) não espera
Só aperta, acelera, desacerta os sentidos//
Em toda esquina um perigo
O rastro manso do inimigo
Que insisto em bater de frente
Porque valente é gente que não arreda o pé
Venha o que vier, faça o que quiser
Pois tudo o que fizer é de coração aberto//
A liberdade é a primeira lei
Na terra que derrubamos reis
Sangue nos'óio. Não corre, menino
Peregrino do mundo maldito,
Andarilho sem destino 
Que num desatino,
Um dia ainda vai inverter esse mundo - vagabundo
E a flor vai ser só cheiro e cor
Espinho não mais terá

terça-feira, 25 de junho de 2013

Existe amor por aqui

Eu sei é que aqui existe amor
E cabe tudo que é pra ser sorriso
Prosa sem fim, dancinha mansa
Que é pra ontem esse sonhar
A pressa é bicho camarada
Só quer bem logo ser feliz
O poeta já falava
Que a vida é boa, amigo
E é só liberdade que faz alma voar
Meu transbordar é por você, meu bem
Cotidiano é a felicidade
Que não tem hora pra ser nem pra acabar

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Bicho criativo

ARTISTA
           CRIA
         PENSA
           FALA
       INDAGA
TRANSFORMA
         FORMA
      INFORMA
       REFLETE
        AFLORA
      IMPLORA
           GERA
       AGREGA
      DESTRÓI
    CONSTRÓI
  QUESTIONA
PSICODELIZA
   VERBALIZA
       REALIZA
             VOA
     VAI ALÉM
          MUDA
                O MUNDO
      INVENTA
    FERMENTA
     FOMENTA
                ARTE
                CULTURA
                VIDA
                EDUCAÇÃO
                FLOR
                AMOR
                CONSCIÊNCIA
                CIÊNCIA
                SAPIÊNCIA
                PENSAMENTO
                REFLEXÃO
                VISÃO
                FRUIÇÃO
                CONCEPÇÃO
                PAIXÃO
ARTISTA 
      É BICHO
    CRIATIVO
 QUE CATIVA
   QUE ATIVA

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dos laços desfeitos

Seu único motivo é ser feliz. Por isso despiu-se do ego, botou-o de lado, no fundo daquela gaveta, a última do armário. Foi difícil largar a teimosia. Doeu o orgulho de quem costuma se recusar a dá o primeiro passo, o passo de uma dança complexa. Arriscar não era seu hobby, pelo menos não o coração, pois ele já estava cheio de remendas, e com qualquer tropeçãozinho poderia se desfazer.
Mas ela nem sabia que tinha aprendido um tiquinho: mestre tempo. A dor sempre assola as almas maltratadas, mas analgésico pra alma é levá-la pra passear. 
O dilema maior era mesmo a incerteza que se estendia desde a segunda-feira, ou desde o dia que não viu mais o laço que se formava toda vez que o olhar se cruzava. Agora parecia fraco, desses que se afrouxa sem quase trabalho algum. Ela até se que segurava no resto da fita que sobrou, mesmo o nó desfeito.
Ela era atéia, mas rezou pra que tudo fosse só um sonho ruim e que quando o dia chegar não restar nem a lembrança. 

Me resta

Será que sobra um pouquinho
De sorriso pra mim?
Juro que não vou exigir o mais largo,
Mas amarelo também não serve tanto assim.
Guarde um pedaço desse abraço
Me avise que eu vou aí buscar,
Vou sem demora
Nem precisa de embrulho.
Deixa um restinho
Dessas palavras bonitas
Pode ser as mais bobinhas
Não ligo,
Vou até achar graça.
Me basta um tiquinho de pieguice
E assim vou juntando
De migalha em migalha
Um pouco de você

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

Apenas o fim

É estranho está aqui nesse corpo imóvel, sem poder mover aquilo que por tanto tempo era tão inerente a mim. Mas eu acho que já faz algum tempo que eu permanecia imóvel, parado, estagnado, é... Parece que não é uma situação assim tão nova. Continuo ouvindo o vento passar pela janela e os carros voarem lá fora, ainda dá pra sentir o cheiro da vodka derramada e do quarto empoeirado, mas meu nariz não coça mais. Foi devagar, pouco a pouco fui perdendo a sensação dos dedos, dos braços, até não sentir meu corpo por inteiro. Me pergunto ainda se essa é a tal sensação de paz que tantos falam, de não se senti mais parte desse mundo. (...)
De nada adianta rostos sorridentes se sua alma está perdida dentro de você, se o seu ser não sabe quem você é de verdade e a sua única obrigação é continuar a obedecer a ordem natural da vida saudável. (...)
O cara legal se tornou o cara chato e carrancudo. É engraçada a vida, o que ela faz com a gente. Ela nos faz pegadinha, brinca com a nossa cara, goza da nossa impotência, muda o nosso rumo. Pra mim ela foi cruel, ou, talvez, eu tenha sido cruel com a vida. Me estraguei pouco a pouco, cavei a cada dia a minha cova, delicadamente pronunciei o meu fim. (...) 

Emile Lira
*trecho do meu futuro livro