O temor é cotidiano, e só quem o sente sabe o que é. É o medo que quem nunca teve o corpo visto como público nunca sentirá. É de quem anda na rua e gostaria que sua única preocupação fosse ou não ser assaltada. É pela certeza que o nosso 'não' quase nunca será respeitado, nossas opiniões serão menosprezadas e o que nos ocorrer será porque demos motivo.
Todo dia uma notícia de mais uma irmã nos causa dor, e quando é alguém assim tão perto nos angustia. Nós somos por todas porque entendemos nossas dores, como nenhum homem será capaz de entender porque não precisa senti-las, porque o privilégio os blindam de certas opressões e violências.
Mulheres, vocês não estão sozinhas, estamos juntas não simplesmente por uma questão de escolha, mas sobretudo por uma questão de sobrevivência. Somos por nós.
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