segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Filosofia vã: Sobre a Oceania

   É uma inquietação antiga, me lembro, eu era estudante do primeiro ano do ensino médio. Sempre gostei muito de história, e parei pra analisar que no estudo de tal disciplina discorríamos sobre a América, Europa, África e até mesmo a Ásia, mas... E a Oceania?
   Foi uma coisa que sempre me incomodou, e por isso ousei perguntar ao meu professor da matéria (o que era uma grande coragem, já que ele era um ser dotado de um certo ar de não-me-venha-fazer-pergunta-estúpida) o porquê que o pobre continente não era estudado. Bom, ele respondeu simplismente que a Oceania é um continente considerado novíssimo e que por isso não entrava no estudo. Tá, eu deveria me conformar com a situação, mas não, continuei me perguntando o porquê do mundo ignorar este tão belo continente formado por ilhas paradisíacas.
   Conhecemos tão pouco de sua história e de seu povo que a as poucas coisas que ouvimos por aí é sobre os surfistas australianos, a Olimpíada de Sidney, os coalas, cangurús e que a Austrália é um bom lugar para se fazer intercâmbio. Desses 16 países sabemos quase nada.
   Fiquei indignada ao ver que na minha agenda 2010 possuía, além do mapa-múndi e o do Brasil, o mapa de cada continente, todos... Ou melhor, quase todos, menos o da esquecida e menosprezada Oceania.
   Pensava que tamanha aflição só fazia parte de minha confusa cabeça, mas um belo dia achei uma comunidade no Orkut de nome 'Por que a Oceania é ignorada?', com a descoberta não me senti mais só, soube que tem mais 63 pessoas solícitas com os oceaníacos. Além dessa, no Orkut ainda temos a comunidade 'Onde está a Oceania?' que tem 40 membros. Bom, pelo menos, sabemos agora que são 103 o número de pessoas que se importam com este continente. 
   Como descreve a comunidade: Onde ela estava quando ocorreram a primeira e a segunda guerras mundias? Onde ela estava quando as bombas atômicas explodiram? Onde ela estava quando o WTC foi "atacado"? Onde ela estava quando inventaram o chiclete? Será que ela não faz parte da Terra? Será que essas 30 milhões de pessoas estão lá mesmo ou é tudo uma farsa? investiguemos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tudo o que você precisa saber sobre os bebês

   Se por acaso eu estiver andando na rua e cruzar com um bebê ou qualquer coisa referente, minha inconsciente reação é parar na hora e admirar! Pois é, não é segredo pra ninguém que bebês é o meu ponto fraco. E passeando pelo site Cogumelo Louco, vi uma ilustração sobre estas admiráveis criaturas, é carregada por tanta fofura, que não pude deixar de postá-la aqui.

* Para melhor visualização dá um click na imagem ou clicka com o botão direito e seleciona 'abrir link'


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que esperar do Festival de Verão 2011?

   O maior festival de música da Bahia, o Festival de Verão, acontecerá em 2011 de 02 a 05 de fevereiro. E quase dois meses antes da festa, já é de conhecimento a grade geral de programação. É sabido que a cada edição o festival vem decaindo em qualidade; eu não quero vim aqui dá uma de saudosista, mas a grande verdade é que as atrações para o próximo ano estão tão trashs que é uma certeza minha ausência no evento.
   Quais são as atrações para 2011? Pergunta você, desatualizado. Então, vamos a elas: Para o palco principal, na quarta-feira, terá Maria Gadú, Capital Inicial, Banda Eva, Cláudia Leitte e Parangolé. Na quinta, teremos Belo, Jota Quest, Ivete Sangalo, Jorge & Mateus e A Zorra. Na sexta, apresentações de Tomate, Ana Carolina, Asa de Águia, Luan Santana e Harmonia do Samba. Por fim, e não menos desprezível, sábado terá Restart, Jason Mraz, Chiclete com Banana, Jammil e Psirico. 
   É claro que é tudo super previsível e não há nenhuma surpresa nisso tudo: mas eu tenho todo direito de me indignar. 
   Além do palco principal, terá uma 'tenda alternativa', como é de costume, sendo esta a concha acústica Maurício de Nassau. Espaço para as bandas alternativas, na concha geralmente se apresentam bandas mais supimpas (destaque ao show de Cachorro Grande em 2008), mas, quais são as atrações em 2011? Quarta, se apresenta Quarteto de Cinco, Otto, Planta e Raiz, Negra Cor e Spectro. Quinta será a vez de Johnny and the Hookers, Paula Fernandes, Rajar, Detonautas e Unique. Sexa teremos apresentação de Gutembergs, Jorge Vercillo, Luiza Possi, Cine e Pabo Domingues. E sábado será Márcia Castro, Thati, Monique Kessous e Ana Canãs. Reparem que mesmo na concha terá algumas atrações desprezíveis (Cine e Jorge Vercillo que o digam), algumas sem sal nem açucar, outras que não são de meu conhecimento, e umas poucas boas atrações, ficando por conta de Ana Cañas, Otto (sobretudo) e Detonautas (olha que eu nem gosto de ouvir Detonautas, mas a apresentação da banda ano passado foi muito boa).
   Também é sabido que a escolha dos artistas é baseada no 'gosto popular', mas... Será que é querer pedir demais que coloquem mais atrações dignas? 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Democracia?

   Era manhã de segunda feira, 13 de dezembro de 2010; e como toda as manhãs, lia o jornal A Tarde; e como todas as minhas leituras de jornais, era com aquele mesmo olhar desatento, despreocupado, cansado. Mas a página A8, sessão 'Salvador e Região Metropolitana', estampava uma matéria de título "Empresa recusa a divulgação de campanha publicitária pró-ateísmo", a baixo do título estava dois cartazes que seriam divulgados pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), o assunto me chamou a atenção.
   Não é um título espantoso, ora, seria muita ingenuidade achar que uma propaganda atéia passaria assim, sem nenhum filho-de-deus pra discordar. A Fast Mídia, que comercializa os espaços nos ônibus da cidade, barrou a campanha. O gerente da empresa pronunciou-se dizendo que não iria veicular, pois no seu entender a propaganda contém ofensa religiosa. Claro, uma campanha contra o preconceito é ofensa religiosa, um sensacionalista jornalista ir à TV dizer que os ateus devem morrer é super normal.
   Também não é espantoso que um monte de gente ache o posicionamento da Fast Mídia louvável, há quem diga que se sentiria ofendido caso a campanha não fosse barrada. Vamos então entender uma coisa: propagar o 'não preconceito' virou motivo de ofensa, Ok. Mas se a missa católica é veiculada por uma TV estatal, aí não, não tem problema nenhum, mesmo que essa mesma TV não dê espaço para exibição de manifestações de outras religiões.
   No outro dia, na página de 'Opinião', dois leitores do A Tarde se pronunciaram sobre o caso. Franklin de Souza contou que ficou indignado quando leu a reportagem, sobretudo porque não entendeu o motivo das peças serem barradas, já que a ATEA não cita nenhuma religião especifica, "a campanha da Atea pretende apenas alertar os brasileiro que não crer em deuses é uma opção que nos dá a Constituição, e não ser discriminado por isso é um direito". Achel Tinoco também se manifestou "a vida só é possível e plena para aqueles que 'aceitam jesus'... Para os ateus, portanto, ou mais alguém que ouse pensar um pouco além, não se deve mostrar a cara... Está bem: arranquemos os autdoors das ruas. Isto, sim, é democracia!".
   Espantoso foi ver a mensagem dos dois leitores no jornal, ou melhor, surpreendente. Mas constato que os rapazes pertencem a uma minoria. Indignante é ver que poucos ousaram reivindicar, os crentes preferiram achar que o problema não é com eles. Quando a questão não nos atinge diretamente preferimos nos calar, ausentar-nos de responsabilidade. Será que é só aos ateus que cabe indignar-se com esse embargo e reivindicar pela democracia? 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

1º Rock Golaço



- Quando: 19 de dezembro, às 10h
- Onde: Quadra de Esportes da Cidade do Saber (Rua do Telégrafo - Camaçari)
- Quanto: 1kg de alimento não perecível
- O Que: Torneio de futebol entre as bandas de rock de Camaçari

Realização: Associação Cooperarock

sábado, 11 de dezembro de 2010

Questionário

   Uma das minhas melhores lembranças de infância são aqueles questionários, sabe? um caderno onde a cada 3 páginas tinha uma pergunta, e a 'dona do caderno' distribuía pra deus-e-o-mundo para obter respostas. Lembro, tinha uns dez anos, eram perguntas como 'você é bv?', até eu mesma, já fui 'dona' de um caderno como esses.
   Não tenho mais dez anos (mesmo que não seja muito mais do que isso), mas continuo respondendo questionários - adoro preencher formulário - e desta vez não vai ser num caderno, e sim num blog (jura?).
   É que minha amiga Meg (˙·٠•♥ 2 Altos! ♥) me indicou como uma das pessoas que deveriam responder a um tal interrogatório, então vamos a ele:


Sete coisas que tenho que fazer antes de morrer:
- me casar e ter quatro filhos
- assisti shows de algumas bandas bacanas que ainda não tive oportunidade de ver
- tirar fotos realmente supimpas
- aprender a tocar guitarra e fazer coisas boas nela
- experimentar
- viajar para ao menos esses países: Inglaterra, Cuba, Canadá e África do Sul
- tatuagens


Sete coisas que eu mais digo:
- tenso
- tô com fome
- nem sei
- massa
- cara
- cê acha?
- vixe


Sete coisas que eu faço bem:
- escrever 
- tirar foto
- cantar no chuveiro
- imaginar
- analisar
- cumprir com promessas rs
- cafuné


Sete defeitos meus:
- baixa estima
- timidez
- falta de papo
- grosseria
- insegurança
- preguiça
- orgulho


Sete coisas que eu amo:
- minha família e alguns amigos /ou seja, pessoas queridas
- música
- fotografia
- cinema
- jornalismo
- conversas legais
- cafuné/ carinho


Sete qualidades minhas:
- inteligente
- prafrentex 
- prestativa
- agradável rs
- carinhosa
- tolerante
- criativa


Sete pessoas que vão responder a isso:
- Peixonauta, Cartas e Fotografias
- Fernanda, O Mistério da Borboleta
- Neto, Merdinhas Alheias
- Vítor, Infinitivamente Pessoal
- Laíra, O Mundo de Laíra Alves
- Pablício, Como Lobos ao Luar
- Motta, Dezoito Válvulas

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um papo sobre a Noite Fora do Eixo

Diretamente de Vitória da Conquista: Os Barcos

   Conhecido e bem freqüentado restaurante da cidade, a Casa de Taipa recebeu no último sábado o evento Noite Fora do Eixo, realizado pelo Nordeste Fora do Eixo em parceria com o Coletivo Cultural Capivara. A casa, onde sempre se apresentou grupos de forró e músicas regionais, foi tomada pelo rock e por aqueles que admiram tal som. Mesas lotadas, gente em pé, muito movimento: o evento brilhou, recheado com música de qualidade.
   A primeira banda a se apresentar foi Clube de Patifes, a já conhecida banda de blues da cidade, representou muito bem a cena e não decepcionou. Seu indiscutível som bem feito agradou os presentes, rendeu bons comentários, sobretudo daqueles que assistiam a banda pela primeira vez. Projeto promissor, O Clube tem tudo para ser uma exportadora do som camaçariense.
   Da cidade de Vitória da Conquista, vinha uma banda de nome Os Barcos. Uma dúvida inicialmente, que logo se transformou em aprovação. O grupo traz um som arrumado, perfeito para o ambiente, mescla o rock clássico com o pop rock, e mostra que no interior também se faz boa música.
   A mais esperada atração da noite foi a última a se apresentar, a nova sensação do rock soteropolitano desembarcou em Camaçari. A Maglore veio mostrar que não é à toa o seu sucesso na cena baiana. Seu som desenhado assemelhasse muito com Los Hermanos, desde os arranjos elaborados até o vocal suave. Mas a Maglore não se deixa levar pela semelhança e não cair no cover, tem uma identidade própria, uma sonoridade particular que a permite afirmar-se como nova. A banda indie explodiu em energia e levou o público a exaltação. A frente do palco foi tomada, o que se ouvia era o acompanhar das canções, o que demonstra que a banda tem um belo futuro.
   Parabéns aos organizadores do evento, a positividade da Noite Fora do Eixo nos faz crer que Camaçari também é terra do rock n'roll. E que venha o próximo!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um país do tudo bem

   Na primeira semana de aula desse semestre foi apresentado um texto de nome 'O país do tudo bem', era um texto de duas páginas e que pelo tamanho tão pequenino das letras só de olhar me deu uma canseira... Mas como era por fins acadêmicos, comecei a ler, e vi que era interessante. Falava sobretudo do uso leviano das saudações; o 'como vai?' que 'espalhamos' por aí sempre que vemos alguém conhecido, omite-se da intenção prática - o saber como o outro está - e passa para uma mera trivialidade social. Mais ainda do que o 'como vai?', o 'tudo bem?' obriga uma resposta afirmativa. 'Tudo bom', é a resposta geral. Muitas vezes estamos passando por problemas, desde os financeiros até os amorosos, mas o emissor não está interessado em saber sobre seus infortúnios, apenas faz uso de uma repetição. Ninguém tem o direito de está mal, quem ousar responder 'não, não está tudo bem', será logo taxado de carrancudo e anti-social.
   Mais do que isso, acredito que 'o país do tudo bem' configura-se na omissão da sociedade perante os problemas; o achar que está tudo bem, abraçado com a velha idéia do 'jeitinho brasileiro', engana as pessoas de tal forma que acabamos por testemunhar uma população acomodada. E não digo isso querendo que todo mundo saia de suas casas pra fazer revolução, refiro-me ao comodismo ideológico, àquelas velhos ditados de que jovem não gosta de política, que o mundo está de cabeça para baixo e que os valores estão se perdendo.
   Retrato disso é a indústria cultural, tema já comentado no post Bevond Citizen Kane, assunto esse tão clichê, mas que agora foi atualizado, vestido na polêmica questão do controle midiático. É claro que não queremos que nossa imprensa seja censurada, sobretudo para nós, jornalistas (ou futuros), é indiscutível o caráter democrático que é a liberdade de expressão. Mas acredito que o debate proposto não é esse, não é o controle nem uma imposição ditatorial, e sim um questionamento sobre o domínio do poder midiático. Vemos em muitos de nossos estados um terrível monopólio da comunicação, apoiado pelos chamados 'coronéis', donos de canais de TV, emissoras de rádio, revistas, jornais, sites de notícias, etc, etc, etc... Será que essa é uma maneira interessante de se pensar na imprensa? 
   Já relatei brevemente aqui sobre o filme Cão de Briga no post Curto e Grosso: Sobre Cinema, foi pra mim indicado pela professora de 'Ética e Legislação na Comunicação' para que pudéssemos entender que sem liberdade não há idéia de responsabilidade. 'Cão de Briga' ratifica  que nossa posição como cidadãos está inerente a visão de mundo que nos foi imposta. Num país onde se implanta idéias que fomentam a omissão, não é de se espantar o estado social alheio no qual estamos.