- Quando: 15 de julho, às 15h
- Onde: Espaço Armazém (Camaçari de Dentro - Camaçari)
- Quanto: R$10 + 1kg de alimento não perecível (a venda na Loja Lidiane Macedo e Sofisis Bijuteria)
- Bandas: Psicopop, O Manto, Diário Urbano, Pastel de Miolos (Lauro de Freitas), Velotroz (SSA), Vivendo do Ócio (SSA), Camarones Orquestra Guitarrística (RN)
Realização: Associação Cooperarock + Espaço Armazém + Mr Guima
quinta-feira, 28 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Além do Is This It
Is This It é um dos melhores discos que existem. Sim. Não simplesmente um dos melhores do rock, ou do indie, ou somente dos Strokes.
E por ter a capacidade de criarem um disco tão bom assim, os novaiorquinos são acusados de serem 'uma banda de um disco só', como se os outros três álbuns lançados fossem tão ruins a ponto de se tornarem desprezíveis.
Room on Fire, First Impressions Of Earth e Angles são trabalhos muito bons - de verdade, que não conseguiram alcançar a maestria do Is This It, mas que não decepcionam e não merecem serem colocados no fundo da estante, esquecidos e empoeirados.
Os Strokes é uma banda que estreou de forma brilhante, mas que conseguiu permanecer como referência de indie rock de muita qualidade, seja com Last Nite, Reptilia, Juicebox ou Under Cover of Darkness.
domingo, 24 de junho de 2012
Pais e Filhos o show - um tributo a Legião Urbana
- Quando: 04 de agosto, às 21h
- Onde: Casa Branca (Avenida Eixo Urbano Central - Camaçari)
- Quanto: R$15
- Bandas: Duas Tribos (Legião Cover)
- Onde: Casa Branca (Avenida Eixo Urbano Central - Camaçari)
- Quanto: R$15
- Bandas: Duas Tribos (Legião Cover)
segunda-feira, 18 de junho de 2012
A alma musical de Otto
“Tento
entender um pouco mais da alma, (...) que me faz dançar nesta festa”. Filho de
Belo Jardim, cidade localizada no agreste pernambucano a 187 km da capital
Recife e reconhecida por ter a música como uma tradição enraizada a sua terra,
o cantor Otto pode afirmar que carrega esta arte em sua alma e em sua
história. Com os tambores, o artista fez
os sons percussivos da Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, bandas que misturavam o
maracatu, ritmo regional do Recife, com rock, batidas eletrônicas e hip hop.
Sem deixar de
lado o regionalismo nem a música sintetizada, Otto saiu do fundo dos palcos e
partiu para carreira solo, assumindo-se como cantor e gravando o disco Samba
pra Burro. Nas músicas, cantadas com o
sotaque tipicamente pernambucano, as melodias dançam como cantigas de roda, com
uma leveza que flutua no ar, como sugere o título do seu terceiro álbum, Sem
Gravidade, “no sentido de não ter problema. Está voando, sem chão” explica.
Os olhos
azuis e os cabelos louros denunciam sua origem holandesa, mas no sangue ele
carrega mesmo é o amor pela brasilidade, e, sobretudo, pelo nordeste; não
cantando suas mazelas, mas trazendo a simplicidade da região. “Uma casa pequena
com uma varanda chamando as crianças pra jantar (...)”, ele compõe com zelo. É
um intimismo aconchegante.
Hoje ele
caminha de forma independente. Longe das gravadoras lançou o Certa Manhãs
Acordei de Sonhos intranquilos. É como o despertar de mansinho, chamando para
um novo dia ensolarado, e ao contrário do título, a tranquilidade é a morada
das canções. Otto canta e clama, sem levantar bandeiras, sem gritar aos quatro
cantos, ele canta com a alma e consegue encantar.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Com leveza, Tomboy trata sobre assunto polêmico
Os olhos azuis brilhantes de
Michael, menino novo que chegou ao bairro, esconde mais do que sua aparencia
revela. Com uma tesoura, sua irmã Jeanne o ajuda a deixar os cabelos louros
curtos, com o resto dos fios cortados, as crianças colocam no rosto e fantasiam
usar um bigode. Para a pequena Jeanne, é apenas uma brincadeira, mas para
Michael, uma farsa que ele leva a sério. Michael na verdade é Laure, uma menina
de 10 anos que se traveste como o sexo oposto, e assim consegue conquistar a
amizade das crianças do bairro e a paixão de Lisa, menina que ela conhece na vizinhança.
Na língua inglesa, a palavra
Tomboy designa uma menina que tem comportamento masculinizado, e no filme
francês de mesmo nome, lançado em 2011, a diretora Céline Sciamma consegue
conduzir com leveza e de forma delicada o tema polêmico. A própria apresentação
da família de Laure indica que a diretora optou por tratar o assunto sem cair
em clichês e apontar culpados pelo comportamento dela. A garota mantém uma
ótima relação com a irmã e os pais parecem aceitar com tranquilidade os gostos
peculiares da menina.
Quando a farsa é descoberta por
Jeanne, que adora se vestir de rosa e dançar balé, ela consegue encarar a
situação de forma despreocupada, afirmando até preferir possuir um irmão mais
velho que uma irmã, porque ele poderia a defender das outras crianças. Jeanne
não julga a irmã e apoia suas atitudes, pois, como uma pequena menina de cinco
anos, ainda se desprende de preconceitos e padrões sociais.
Os poucos cenários, reduzidos à
casa de Laure, a um campinho de futebol, e a um bosque, ajudam a construir o
intimismo e focar a atenção do telespectador no drama vivido pela personagem,
assim como o roteiro direto e simples. Mas
o maior destaque é para as atuações mirins, que interpretam com competência os
personagens complexos, dando o tom inocente da infância à história forte que
Tomboy apresenta.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
A nova TV aberta brasileira?
No meu tempo de criança (muito tempo atrás) todo mundo sentava na frente da televisão pra assistir os programas 'de família', e o canal sintonizado, geralmente, era a TV Globo, famoso canal 11. Isso na maioria das casas, onde o Fantástico, Domingão do Faustão e Jornal Nacional eram referências. Às vezes se assistia o SBT de Sílvio Santos, e vez ou outra a Record. Na Band, só jogo, e olhe lá.
De uns anos pra cá, muito se falou do crescimento da Record, que ultrapassou a popularidade do SBT e tava alí, quase-quase peitando a líder (na verdade esteve longe em peitar no IBOPE, mas incomodou bastante a rival). Fato é que a TV do Bispo investiu, ganhou audiência e público garantido, mas grande parte limitada em seguir o padrão global e produzir entretenimento, tanto nas novelas que se aprimoraram, quanto nos programas espetacularescos, ou até mesmo nos jornalísticos. A Record brilhou, e comprou briga com a emissora dos Marinhos.
Mas aí, uma rede de televisão que sempre esteve alí, quase servindo apenas pra discussão futebolística, sem querer bater de frente com concorrente, deu um salto em qualidade, e hoje, mesmo estando muito atrás em audiência, surpreendeu ao telespectador, com programas inovadores, pelo menos na TV brasileira. Eis a Bandeirantes.
A primeira produção da Band a causar burburinho foi o Custe o Que Custar, que estreou em 2008, já causando frisson na televisão, desde as esquisitices que iam parar no Top Five, as perguntas capciosas feitas aos políticos, até os testes de honestidade e ao quadro Proteste Já. De lá pra cá muitos elogios e críticas, consolidação, mudança de perfil, mudança de repórteres. E mesmo que o humor tenha extravasado mais do que o cunho jornalístico, o CQC ainda faz hoje o que nenhum jornal padrão faz: botar o dedo na ferida, colocar os dirigentes governamentais contra parede, fazer as perguntas que têm que ser feitas.
Outro programa que merece muito as palmas (e que merecia muito mais audiência) é A Liga, lançado no ano passado, mostrando temas, por vezes batidos, mas de uma maneira bem inovadora. Eles vivem a realidade abordada e constroem a reportagem, sem se preocupar se tá ou não cuspindo na hipocrisia da sociedade, seja falando do preconceito, de prostituição, nudismo, consumo de drogas ou o movimento dos sem teto. Por sinal, A Liga trouxe o, então esquecido VJ da MTV, Cazé Peçanha, que depois de ser estrela do canal musical, estava apagado e subestimado. Apesar de ter perdido nomes como Sophia Reis, A Liga, que também conta com Thaíde e Débora Vilalba, continua mostrando-se como uma ótima opção na tevê aberta.
A mais nova boa aposta da Band é o Perdidos na Tribo, reality sucesso no exterior, que mostra três famílias que abandonam o conforto do seu lar para viverem junto a tribos, uma da Indonésia, outra da Namíbia, e outra da Etiópia. Como não podia deixar de ser, quando terminar o reality as famílias ganham uma quantia em dinheiro, mas só se forem aceitas pela comunidade local. Por sinal, no programa não se cai no clichê de mostra 'os brancos como redentores das tribos não-civilizadas'.
Não, a Band não tá me pagando nada por isso (bem que podia, fikdik rs) e nem que ela seja a salvadora da televisão, é apenas um exemplo claro para minha sincera aposta da nova televisão aberta brasileira, sem a hegemonia do padrão Globo de produção
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