São com as folhas do caderno em branco que começa o ano, e a promessa de que os escritos vão ser feitos com zelo: caneta colorida, letra legível, tamanho certinho, tudo alinhado. Começamos com pretensões, planos e mobília nova. Pinta-se as paredes da casa, troca os móveis de lugar, faz um novo corte de cabelo.
Os meses vão passando e as canetinhas coloridas vão se perdendo, as letras minuciosamente desenhadas dão lugar ao desleixo, a pressa, até se tornarem garranchos. As roupas novas não estão tão novas mais, a preguiça impera, os planos são deixados de lado.
As folhas da agenda vão estar amassadas em dezembro: rabiscadas, com marcas de café derramado sem querer. Mas limpinhas é que não podiam está, são os garranchos e arranhões as marcas do que a gente fez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário