É como numa segunda-feira chuvosa só ter a si mesmo para abraçar, e ver o vento deixar o sabor amargo de solidão sob o nosso corpo desprotegido. Mas não foi uma segunda-feira chuvosa, nem ensolarada, nem outro dia fatídico, foram tempos difíceis, que pareciam intermináveis, carregados nas costas.
Como aquela velha brincadeira do efeito dominó, cada peça enfileirada, e que, ao derrubarmos uma, acabamos por causar um efeito sucessivo que resulta num desmoronamento quase instantânio, tudo está no chão, tudo foi a baixo. Um efeito gradativo e harmônico.
Mas não é harmônica a tristeza que nesses dias se estendem, é distonante, desritimada, contudo, constante. Mistuando-se a saudades, angústias, dúvidas, desesperos e inquetudes, tornaram-se bixo papão, que atormenta por longas noites, não em cima do telhado, mas na alma, coisa pior.
Talvez seja uma luxúria querer entender o mundo, ou mais do que isso, controlar a vida, como se tudo isso fosse um jogo de tabuleiros e o lance da vez estivesse em nossas mãos.
E é nessa sensação de impotência que se desmoronam as lágrimas mais doidas, todo dia se transforma em segundas chuvosas, em domingos solitários, em terças depressivas, todo dia nos refugiamos em decadência e nos perdemos de nós mesmo.
Faz parte do show. E sabe o que é bom nisso tudo? Saber transformar a dor, medo, tristeza e sentimentos negativos em arte. Pq ela é o nosso refúgio.
ResponderExcluirSou teu fã, e amo você.
'Tocon tigo' rs
você sempre um porto seguro
ResponderExcluirobrigada por tudo ;)
hihi, e sou tua fã também
amo-te!
Já me senti assim.
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