sábado, 3 de julho de 2010

Sobre imagens

   Quando lemos um texto, quando ouvimos uma história ou inventamos alguma coisa, quase sempre criamos em nossa mente uma imagem, tornarmos aquelas palavras ouvidas ou lidas em ação visual, estas, percebidas pelo olho (jura?), órgão capaz de detectar luz e transforma essa percepção em impulso elétrico - segundo o wikipédia.
   Ao lermos um livro, perceba, mergulhamos nele não pela cor ou tamanho de sua letra, nem pela textura dele, e sim pela sua história, e muito mais do que a história por si só, mergulhamos no livro pela idéia imagética que se forma em nossa cabeça: o livro vira filme. E quando tais livros são produzidos em cinema, não raro, nos esbarramos com aquelas cenas incompatíveis com as que se formaram em nós, 'Ora, esse personagem pra mim era de tal forma, seus cabelos era de tal jeito, esse espaço era mais escuro, as cores não eram essas...'
   Talvez seja por isso o cinema, não por quebrar expectativas ou simplesmente por contar histórias, e sim pela representação visual de idéias.
   Verdade também é que o som é muito importante, creio que o som mexa mais com o sentimento do que a imagem  (a música que gostamos, a voz de uma pessoa querida), sem ele o cinema não teria a complexidade, os enredos e os personagens não poderiam ser tão densos. E é por essas e outras que o audiovisual seja o meio de comunicação mais eficiente e sedutor, mais fidedigno a realidade, e por isso comumente não visto como arte.
   O cinema, o vídeo, é uma resposta da inquietação de nossa mente em querer ver (melhor então em movimento) aquilo que antes não era imagem.

Um comentário:

  1. Emile, olha o meu último post no blog?
    tem uma coisa lá.
    beijo
    =)

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