terça-feira, 26 de maio de 2015

Nada de novo sob o sol

Nas lutas, seja dos pretos ou feminista (ou tantas outras, cito essas porque eu as vivencio), ficamos num misto de empatia e depois decepção com os ditos 'aliados'. E o que seriam esses 'aliados'? Pessoas que não vivenciam, mas dizem acreditar e lutar pela causa.
Eu acredito e respeito várias causas as quais não me pertencem, como a das lésbicas, gays, gordos e pessoas com deficiência, mas nunca devo tomar o poder de fala destes ao falarem de suas questões, tenho que admitir meu papel privilegiado e desconstruir diariamente os equívocos.
Essa é a premissa básica. Querer falar pelo outro não é apoiar. E olha, é dificílimo achar pessoas que compreendam isso.
Na questão da luta das mulheres, homem adora dizer que apoia, mas não querem 'meeeeeixmo' ao menos reconhecer os seus privilégios. Aí continuam querendo ditar, dizendo como as minas devem agir, pelo que devem lutar, falar, fazer. Peraí cara, opressor tá querendo mandar no oprimido desde sempre.
A conclusão é que vou começar a seguir o ensinamento de que, ao invés discutir com omi sobre empoderamento e espaço de fala das mulheres (ou afins), é melhor usar esse tempo e energia para empoderar as mana.
Moço, você já tem poder de fala em toda a sociedade e sempreeee teve. Nas minhas lutas, o que você acha não vale nada. 

A listinha de frases clichês, mas que valem a pena sim usar:
- Se tá incomodando o opressor, é porque, provavelmente, estamos no caminho certo;
- Feminismo não tá aqui pra agradar omi não;
- Não confunde a reação do oprimido com a violência do opressor.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Nós

Desfaz esse nó na minha gargante 
E faz nós.
Desfaz essa dor no meu peito
E faz seu leito.
Esvai minha vontade,
Como nas noites azuis de verão

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Tire seus padrões do meu corpo e da sociedade


Dizem, nêgo, que esse seu cabelo crespo (ou ruim, como falam) tem que ser alisado, o seu nariz grande tem que ser afilado. Nossas meninas, sobretudo, crescem aprendendo a se odiar. Ser negro é lindo, nêgo, mas com traços finos, por favor.
E essas meninas crescem e querem mudar pra se adequar aos seus padrões. Mas agora você diz que a 'neguinha' não quer se valorizar. Afinal, quem impôs esses padrões? Quem nos ensinou a nos odiar?
Dizem que é vitimismo. Você faz mimimi, nêgo. Mas qual é a cor dos nossos representantes de empresas, entidades, órgãos e políticos? 

Luta, preto, grita, tire os padrões do meu corpo e da sociedade, porque ela é nossa.

(E, por favor, lôro, tira essa camisa de Zumbi)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Alternative-se na rádio


De um simples blog de divulgação de notícias e eventos esporádicos da cena underground da Região Metropolitana de Salvador, o Alternative-se cresceu e virou um evento que já chegou a sua terceira edição e levou ao palco, em Camaçari, diversas bandas da Bahia, de rock, rap, e até samba, além de batalha de MCs e discotecagens que foi desde o ragga até o hard.
Agora, o Alternative-se criou mais um mecanismo para fortalecer a cena menos difundida pelas grandes mídias, sobretudo da cidade 'da árvore que chora': trata-se do programa na rádio Camaçari FM, que acontece todo sábado, as 18h.
As artes alternativas configuram-se como movimento cultural da cidade e manifestam-se na vida de Camaçari, seja nas praças, espaços de show, equipamentos culturais e bairros, e o Alternative-se propõe dar voz a estas, dando destaque a artistas da música alternativa, sobretudo da Bahia, mais especificadamente de Camaçari.
Além da música, serão valorizadas outras manifestações artísticas alternativas, como teatro, artes circenses, plásticas e visuais, dança, poesia, literatura e quadrinhos. Também será dado destaque a esportes ligados à cultura alternativa, como patins, bike, skate, surf e slakline.
Então, fiquem ligados: todos os sábados, das 18h às 19h na Camaçari FM, pelo 87,9 do rádio (pega em alguns bairros de Camaçari), pelo site www.camacarifm.com.br ou baixando o aplicativo (http://migre.me/pu1aO) para dispositivos Androids.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Desencanto

Devolva o que me deve
E pague os meus sonhos
Que ficaram para trás
Que você me prometeu
E me tirou a paz.
Foi sem dizer adeus
Foi sem olhar pra trás
Como se o que passou
Só fosse ilusão,
Mas foi meu coração
Que você despedaçou
E eu desperdicei esses dias
Tento encontrar alegria
Que não acho mais em lugar algum

"Você me fez mudar
Mas depois mudou de mim"

terça-feira, 31 de março de 2015

Festival Alternative-se III


Em sua terceira edição, o Festival Alternative-se promete agitar a cena rocker de Camaçari, levando ao palco do John Sebastian Bar o show de seis bandas do underground baiano, no próximo sábado, 4 de abril, a partir das 19h.
Representando a cidade do Polo, tocam a Elefante Grego, Ultrasônica, que retorna a cena após hiato, e a estreante Drops Sedativos. Além disso, se apresentam as bandas Novelta, de Feira de Santana, Bilic Roll, de Lauro de Freitas, e Sanitário Sexy, diretamente das cidades de Juazeiro e Petrolina.
O Alternative-se ainda conta com a discotecagem afiada do Pivoman e o Brechó Cabi-De Novo. Não fique de fora e compareça a noite mais alternativa da cidade.
Os ingressos custam R$ 10 e estarão a venda no balcão da Invert Skate Shop, localizada na avenida Francisco Drumond, Centro, em frente ao Hotel Lima. As entradas também serão vendidas no dia e horário do show, na bilheteria do John Sebastian Bar, na avenida Eixo Urbano Central.


Serviço

- Quando: 4 de abril, às 19h
- Onde: John Sebastian Bar (avenida Eixo Urbano Central, Centro - 'Cozidinho' - Camaçari)
- Quanto: R$ 10

- Bandas: Drops Sedativos, Elefante Grego, Ultrasônica, Novelta, Bilic Roll, Sanitário Sexy + discotecagem de Pivoman
+ Brechó Cabi-De Novo

sábado, 7 de março de 2015

lost

Era como seu tudo estivesse de cabeça pra baixo/ e aquilo que acreditava não importava mais. //Não se encontrava em lugar nenhum/ se via só no meio do mundo// Era essa apatia que te desconsertava/ te inquietava e arrancava o choro/ que ela nem sabia o porquê// Não sabia o que fazer/ pois perdeu os laços que te amarravam a si// E já desfeita, com a alma perdida/ ela estava esgotada/ facilmente se formavam as feridas// Era a dor da alma que não se apagou