sexta-feira, 26 de setembro de 2014
um pouco do que há aqui
Ir, de vez, e se arriscar... E mergulhar... E tentar... Mesmo sabendo do tombo. Mesmo sabendo da lágrima.. Mesmo sabendo da dor de cabeça. Como sempre fazemos. Esquecemos o resto do mundo, esquecemos do amanhã, noite sem fim. Mas tem um fim. E amanhã eu continuo aqui, e você continua aí. E na minha cabeça continua você. E na sua você já esqueceu. Ou não? Talvez pouco importe, porque eu nem sei até onde quero ir, onde posso chegar, onde vou tentar, se vale a pena continuar. Até onde? Por mim, pra sempre. Mas há o resto. Tanto resto de nós espalhado por aí. Levar a sério não dá. Não posso. Só quero. E nesse querer, entre dias passando, entre idas e vindas de você por aí, em mim. É desespero? É solidão? Nome não sei. Nem sei o que é de verdade. Se é você sentado ao lado falando leviandade, falando da vida, segredos. Rindo, sempre leve. E é só assim, sempre assim. Dessas coisas pra emoldurar, colocar na parede, guardar, porque é ouro, é momento sublime, é momento fugaz, mesmo que dentro de nós não seja fugaz assim. É que aqui pesa mais do que aí. Acredite. Por mais que a dor doa também em você. Aqui tá bem pior. Saiba. Aqui tá só saudade, aqui tá muita angústia, custa os dias, as horas e custa a cuca compreender. Talvez porque não tenha nada a se compreender. É que, como já disseram, só precisa ser sentido, mesmo sem fazer sentido. Mas será que deve mesmo? É perigo! Será que devo me privar desse sentir?
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