sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Noite Fora do Eixo
- Quando: 11 de outubro, às 21h
- Onde: Mega Star (Praça dos 46 - Camaçari)
- Quanto: R$5
- Bandas: Declinium, Clube de Patifes, Pastel de Miolos (Lauro de Freitas), Heróis de Aluguel (Feira de Santana), Casa de Vento (Feira de Santana), Mamutes (SE)
Realização: Capivara Coletivo Cultural
Noite Fora do Eixo
- Quando: 11 de outubro, às 21h
- Onde: Mega Star (Praça dos 46 - Camaçari)
- Quanto: R$5
- Bandas: Clube de Patifes, Declinium, Pastel de Miolos (Lauro de Freitas), Casa de Vento (Feira de Santana), Heróis de Aluguel (Feira de Santana), Mamutes (SE).
Realização: Capivara Coletivo Cultural
Apoio: Circuito Fora do Eixo, Casa de Taipa, CompuDesign
- Quando: 11 de outubro, às 21h
- Onde: Mega Star (Praça dos 46 - Camaçari)
- Quanto: R$5
- Bandas: Clube de Patifes, Declinium, Pastel de Miolos (Lauro de Freitas), Casa de Vento (Feira de Santana), Heróis de Aluguel (Feira de Santana), Mamutes (SE).
Realização: Capivara Coletivo Cultural
Apoio: Circuito Fora do Eixo, Casa de Taipa, CompuDesign
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Conto de fadas brasileiro
Depois que Tititi terminou eu fiquei desacreditada que me apaixonaria tão rapidamente por uma novela de novo. Mas aí a Globo lança Cordel Encantado, que me fez rever o dito. E dessa vez é sério: Cordel merece esse post!
Trama que mistura contos de fadas com histórias típicas do sertão nordestino. Rei e cangaceiro dividem cena, príncipe e coronel disputam a mesma dama. Não só pela eficiência de misturar dois universos tão antagônicos, a trama das seis encanta porque tem um elenco lindo, uma trilha impecável, fotografias belas e direção de arte fabulosa.
Os sons ficam por conta de Gilberto Gil, Lenine, Nação Zumbi, Zé Ramalho, Caetano Veloso, Karina Buhr, Alceu Valença, Maria Bethânia, Otto e Luiz Gonzaga. Ou seja: só mestre! A sonoridade assume também o papel de desenhar a trilha, de emocionar, de ajudar na construção da história.
Os sons ficam por conta de Gilberto Gil, Lenine, Nação Zumbi, Zé Ramalho, Caetano Veloso, Karina Buhr, Alceu Valença, Maria Bethânia, Otto e Luiz Gonzaga. Ou seja: só mestre! A sonoridade assume também o papel de desenhar a trilha, de emocionar, de ajudar na construção da história.
Mas as imagens também são ímpares. A fotografia de Cordel Encantado - muito diferente das habituais utilizadas nas novelas - ajuda a compor a história, ambienta para a década passada e para o sertão nordestino, dá ar de fábula, de magia e coisa encantada. Além disso, a cena é minuciosamente composta, por figurino tão bem escolhido e cenário de encher os olhos.
E tudo se completa com o ótimo texto e a direção competente.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Ela já passou por aqui!
Imaginem uma cena: procuro uma pessoa desesperadamente, não sei onde encontrá-la de nenhuma forma, o celular está desligado, o GPS pifou, as esperanças estão se esgotando. Já fui por toda parte, mas nada funciona. É então que acontece uma coisa sublime e sensacional, caída no chão, encontro a pulseira que essa pessoa costumava usar, e logicamente penso “Fulaninho já esteve por aqui, tô no caminho certo!”.
Agora vamos pensar um pouquinho: qual a probabilidade disso acontecer? Quase nenhuma, é sabido. Quer dizer, isso na vida real, nessa nossa vidinha cotidiana, comum, que todo mundo conhece. Mas há um mundo em que coisinhas sublimes assim são muito comuns: nas novelas. As novelas fazem parte de um mundo paralelo, onde coisas mirabolantes acontecem com naturalidade e coisas naturais acontecem como mirabolantes.
Nas historinhas televisivas, se você procura por alguém, sobretudo se essa pessoa foi sequestrada, corre um perigo mortal ou está fazendo uma coisa muito da errada, não tenha dúvida, você vai olhar pro chão e encontrar uma jóia, um botão, um fio de cabelo, um bilhete, uma gota de sangue, uma peça de roupa, enfim, qualquer coisa que a indentifique e te alerte que ela esteve por alí.
Agora, já pensou se as coisas realmente funcionassem assim? Ajudaria a polícia a solucionar investigações, a crianças que se perderam dos pais, a você que tá atrás da pessoa amada. Por outro lado, quem fizesse algo as escondidas teria que tomar todo cuidado do mundo para não deixar sequer um fio de cabelo cair, porque aí, certamente alguém passaria pelo local, acharia esse fio e saberia: “ela já passou por aqui!”.
sábado, 10 de setembro de 2011
Uma história linda e mirabolante
Meu amor por Almodóvar é porque ele traz sempre a direção de arte impecável e a história surpreendente, mas que mesmo assim consegue não ser sempre o mesmo.
O filme da vez é "Tudo sobre minha mãe" de 1999, mais um drama, intenso e questionador, estrelado por Cecilia Roth e que conta ainda com as atuações de Marisa Paredes e da linda Penélope Cruz.
Não é só por causa dos inúmeros prêmios e indicações que o filme teve, "Tudo sobre minha mãe" vale mesmo porque é uma película linda, que conta a história de Manuela, uma mulher que, após ver a morte de seu filho, retorna a Barcelona para encontrar o pai do garoto, o qual ele nunca conheceu. Porém esse homem não é tão comum assim, e a busca de Manuela é o grande universo do filme, é quando ela reencontra Agrado, sua antiga amiga inusitada, é quando conhece a Irmã Rosa, mulher que parece está traçando seu mesmo destino, além de também conhecer Huma Rojo e Nina, atrizes de uma peça teatral que marcou a sua vida por duas vezes.
O conflito de uma mulher que o tempo todo se esbarra em si mesma e em suas próprias convicções, mas que é sempre forte e segura do que faz, que encara a vida e, acima de tudo, carrega em si uma bondade incrível. Personagem, que de certa forma, se contrapõe com Rosa; apesar de terem um destino parecido, Rosa - encenada por uma Penélope muito jovem, porém já muito competente - é frágil e insegura.
"Tudo sobre minha mãe" é marcado por três Estebans, todos em tempos diferentes e cumprindo seus papéis distintos, mas é a partir deles que tudo se desenrola. Porém, se é pelos Estebans que a história existe, é através de Manuela, Rosa, Nina, Huma e Agrado, com suas personalidades ímpares e suas peculiaridades, que tudo acontece.
domingo, 4 de setembro de 2011
Apenas o fim
É
estranho está aqui nesse corpo imóvel, sem poder mover aquilo que por tanto
tempo era tão inerente a mim. Mas eu acho que já faz algum tempo que eu
permanecia imóvel, parado, estagnado, é... Parece que não é uma situação assim tão
nova. Continuo ouvindo o vento passar pela janela e os carros voarem lá fora,
ainda dá pra sentir o cheiro da vodka derramada e do quarto empoeirado, mas meu
nariz não coça mais. Foi devagar, pouco a pouco fui perdendo a sensação dos
dedos, dos braços, até não sentir meu corpo por inteiro. Me pergunto ainda se
essa é a tal sensação de paz que tantos falam, de não se senti mais parte desse
mundo. (...)
De nada adianta rostos sorridentes se sua alma está perdida dentro de você, se o seu ser não sabe quem você é de verdade e a sua única obrigação é continuar a obedecer a ordem natural da vida saudável. (...)
O cara legal se
tornou o cara chato e carrancudo. É engraçada a vida, o que ela faz com a
gente. Ela nos faz pegadinha, brinca com a nossa cara, goza da nossa
impotência, muda o nosso rumo. Pra mim ela foi cruel, ou, talvez, eu tenha sido
cruel com a vida. Me estraguei pouco
a pouco, cavei a cada dia a minha cova, delicadamente pronunciei o meu fim. (...)
Emile Lira
*trecho do meu futuro livro
Assinar:
Postagens (Atom)