sexta-feira, 11 de junho de 2010

A religião e as normas

   Dos tempos mais antigos que conhecemos, a humanidade norteia-se por crenças. Desde a antiguidade, quando os egípcios, sumérios e, mais tarde, os gregos, justificavam os acontecimentos naturais e a organização social pela vontade dos deuses. Até os dias de hoje vivemos num mundo regido pela religiosidade.
   Esse apego do homem a fé tornou-nos dependentes da imposição de regras e normas, formando-nos como meros seres obedientes e escravos de nossa própria consciência. A religião promoveu o fenômeno da descrença em si e crença somente ao que nos é imposto.
   Observamos tal fato, quando comparamos a obediência aos dogmas religiosos - sem contestação, já que é um 'ser superior' que impõe tal comportamento - ao estado alheio que a população encontra-se frente às ações político-governamentais, e, principalmente, às imposições culturais feitas pela mídia.
   Percebo que essa necessidade que o homem tem pela regra não seria tão evidente caso a sociedade não se baseasse na religião. A independência à fé no sobrenatural seria como um 'primeiro passo', levando-nos a consciência contestadora e não submissa a normas.
   Tal desapego, tornar-nos-ia seres capazes de formular nossas próprias regras. A ordem social não está atrelada a obediência, e sim a nossa posição como agentes transformadores.

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