Obra de 2007, Estômago é dirigido por Marcos Jorge e conta a história de Nonato, um homem que tem a vida norteada pela comida, tudo que ele consegue na vida é através dessa arte, seja as vantagens e as desgraças. Não bastasse a história ser interessante, ela ainda é contada de forma muito boa, através de uma montagem diferenciada, que, não recorrendo a linearidade, produz um paralelo entre as duas fases do personagem. Bom, o baixo orçamento interferiu na direção de arte, o filme se limita, basicamente, a cenas internas, porém, consegue externar tudo o que Estômago quer mostrar: crueza. Uma trama que envolve sexo, comida e poder não vemos por aí todo dia, por essas e outras, vale muito a pena assistir.
Uma pequena ave azul criada como animal de estimação, acabou adquirindo comportamento humano, e por isso não sabe voar. Sem essa característica natural das aves, Blue, enfrentará dificuldades no Brasil, país que veio pra encontrar uma fêmea correspondente e assim 'salvar a espécie'. Bom, ok, todo mundo sabe a história de Rio. É um filme clichê, super clichê, hiper clichê. A história é sem graça, os personagens são mal desenvolvidos, parece até uma mistura de cópias mal feitas das animações hollywoodianas. O filme é justificado apenas pela bela direção de arte (não é extraordinária, mas é boa, tenhamos que dizer), que aplicou muito bem o 3D.
Eu não sei o que Marcos Baldani pretendia ao dirigir Bruna Surfistinha, mas tudo bem. É um filme meia boca, nem tanto nem tampouco, sabe? Aquela coisa super sem sal. O roteiro foi mal construído, cada ato parece ter sido feito aleatoriamente, não dando uma sensação de segmento na obra, e sim de fragmentação, uma completa desarmonia. Vale um pouco pelas atuações, boas, nada de outro mundo e que mereça aplausos, mas boas. Bruna Surfistina é o típico filme pipoca, que você acaba de ver e surge apenas o vazio na sua mente. Né, eu não esperava muita coisa mesmo.