Durante os dias 26 à 31 aconteceu no Teatro Castro Alves e no ICBA (Salvador) o VI Seminário Internacional de Cinema e Audivisual, onde esteve presente conhecidos cineastas nacionais e internacionais, estudantes de cinema e interessados.
Não venho aqui falar de progrmação ou coisa do tipo, mas sim declarar a importância de eventos desse tipo para o cenário cultural baiano. É muito bom ver que as coisas estão caminhando, mesmo que com passos curtos, é inegável o espaço que o seminário proporcionou aos cineastas baianos, principalmente aos iniciantes. O concurso de curtas mostrou que na terra do dendê também se faz audivisual de qualidade.
Vemos, de uns tempos pra cá, que a Bahia está sendo um bom local pra produzir cinema, os espaços de divulgação e novos cursos estão aumentando; no mês de agosto teremos o Ciclo de Cinema e o Animaí, além do festival (ou concurso) de curtas na Unijorge.
De volta ao seminário: É inevitável notarmos algumas falhas, num evento desse porte é bem difícil garantir que tudo fique 100%, mas é preciso destacar que foi um grande erro a programção do ICBA e do TCA se chocar tanto, e tenho que criticar também as mesas redondas que ficaram cansativas e pouco produtivas, sobretudo porque a maioria dos palestrantes não discorriam sobre o tema proposto.
Ah, quero muito parabenizar o cineasta Sérgio Machado, diretor de famosos filmes, como Cidade Baixa, Madame Satã e Quincas Berro D'Água, que apresentou uma ótima palestra, se adequando totalmente ao tema (Erotismo no Cinema) e falando de uma forma clara e popular, diferente daqueles falatórios chatos que davam vontade de dormir.
Nessa mesma mesa redonda, outro palestrante que merece também minha admiração é a francesa Clotilde Leguil, que fez um discurso extremamente interessante e atraente. Destaco o filme que ela exibiu (algumas cenas): 'Mulholland Drive' (Cidade dos Sonhos), que me encantou com suas imagens fortes e emocionantes, o uso correto das cores e a medida certa do erotismo, quero muito assistir.